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Política

Aviação: Olavo Correia insiste na ideia de transformar Cabo Verde num “hub” aéreo

O vice-Primeiro-Ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, garante que, “brevemente”, os cabo-verdianos vão ter toda a informação relativa ao contrato com a “Icelandair”, relativo à CVA –  Cabo Verde Airlines.

Olavo Correia afirma, numa publicação na sua página na rede social “Facebook”, que está-se a trabalhar, afincadamente, no dossiê.

“Estamos a trabalhar com toda a transparência e numa fase inicial não podemos partilhar tudo, porque num processo de privatização é preciso que determinadas informações sejam reservadas para que possamos proteger o interesse público. No momento certo, todos vão saber toda a informação”, promete Correia.

Este governante também insiste na ideia de transformar Cabo Verde num “hub” aéreo, afirmando que “estamos, cada vez mais, convencidos, em como isto será possível”.

“É preciso paciência e calma e menos ruídos, sobretudo por parte daqueles que estiveram 15 anos para apresentar uma solução ao País, mas deixaram uma Empresa falida, sem qualquer perspetiva”, realça.

Olavo Correia pede tempo para que o seu Governo possa apresentar “uma boa solução” em matéria de “hub” aéreo ao País. “Estamos cada vez mais convencidos em como isto será possível”, manifesta.

E prossegue: “Estamos a trabalhar com responsabilidade, com estudos, com pareceres de quem conhece o negócio, para que possamos estruturar, da melhor forma, este ‘hub’. Há muitas companhias aéreas interessadas em Cabo Verde e sempre tenho dito que este é um processo complexo, difícil, exigente, que comporta riscos, mas nós estamos a trabalhar para trazer uma boa solução para o País. O Governo está muito optimista em como será possível uma boa solução. Inclusive o ‘Afreximbank’, há pouco dias, demonstrou engajamento em financiar o conceito do Governo em matéria de ‘hub’”, revela.

Este governante, que é também ministro das Finanças, diz ainda que, quando for apresentado o Plano de Negócios, os cabo-verdianos “ficarão convencidos em comoestamos no caminho certo”.

“O ‘hub’ aéreo de Cabo Verde tem de ser um negócio e não pode ser a vontade de cada um. Os negócios têm de ser feitos na base de rentabilidade”, realça Correia, sublinhando que “não podemos criar uma nova TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde -, no sentido de que o Estado vai continuar a subsidiar com recursos que não tem”.

“Isso deve ser feito numa base de racionalidade económica e financeira. É isto que o Governo está a tentar colocar sobre a mesa. Penso que devemos deixar a emoção de lado, porque o que está em causa são os recursos dos contribuintes e têm que ser geridos com base nos critérios de rentabilidade, da eficiência e da boa governação”, enfatiza.

Correia iniciou a sua publicação no “Facebook”,  afirmando que “na bancada todos têm opinião”, para, depois, atacar o antigo Primeiro-Ministro, José Maria

Neves, que, segundo ele, “esteve 15 anos para fazer aquilo que devia fazer e não fez”.

“Deixou uma Empresa (TACV) completamente falida. Só em estudos económicos gastou mais de sete milhões de euros. Deixou um País sem qualquer visão do ponto de vista dos transportes aéreos e, agora, vem nos dar lições em como devemos actuar? Em qualquer perspectiva, não pode querer dar-nos lição”, afirmou.

O líder do Grupo Parlamentar do PAICV, Rui Semedo, desafiou, recentemente, o Governo “a falar toda verdade aos cabo-verdianos, sem subterfúgios e sem qualquer tipo de expedientes”, sobre os compromissos do parceiro estratégico e os segredos do negócio da privatização e o futuro dos TACV.

Em Março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51 por cento – % – da então Empresa Pública TACV (Transportes Aéreos de Cabo Verde), por 1,3 milhões de euros, à Lofleidir Cabo Verde, Empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (Grupo

Icelandair, que ficou com 36% da CVA) e em 30% por empresários islandeses, com experiência no Sector da Aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).

O Governo cabo-verdiano concluiu, este ano, a venda de 10% das acções da CVA a trabalhadores e emigrantes, mas os 39% restantes, que deveriam ser alienados em bolsa, a investidores privados, vão, para já, ficar no domínio do Estado, decisão anunciada pelo Executivo do Palácio da Várzea, devido aos efeitos da Pandemia da COVID-19.

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