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Nelson Martins: “Desistência do Mundial, foi decisão difícil, mas sensata” – os jogadores estão “destroçados”

O presidente da Federação Cabo-verdiana de Andebol (FCA), Nelson Martins, confessa que a desistência do Mundial, foi a decisão mais difícil que já teve de tomar, ainda assim a mais sensata. O líder federativo fez esta declaração numa reacção à rádio pública, na sequência da desistência de Cabo Verde do Mundial de Andebol, após o surto de covid-19 no seio da selecção.

“Foi a decisão mais difícil que eu tive de tomar e ainda mais difícil foi ter que enfrentar os atletas ao dar-lhes a notícia. Pronto, fui obrigado a fazê-lo porque se não o tivesse feito, seria pior. Uma exclusão da competição por falta de comparências sucessivas não seria digno para nós e poderia causar uma outra situação disciplinar porque há o regulamento que tem que ser respeitado. Portanto foi mais sensato essa decisão”, revela Nelson Martins

Após a comunicação da decisão, reina o sentimento de frustração no seio da selecção. Este responsável revela que os atletas estão destroçados e com um misto de sentimentos.

“Muitas dúvidas, muitas incertezas. As coisas aqui não foram claras. Foi uma bateria de testes todos os dias, às vezes, duas vezes ao dia. Um variado de resultados incompreensíveis, hoje positivo amanhã negativo, depois de amanhã positivo e depois negativo e assim sucessivamente. Isso aconteceu com muita gente, deixou vários jogadores com o sentimento estranho de que algo não estava bem”.

Histórico

Cabo Verde desistiu de participar no Mundial após o elevado número de jogadores com covid-19 no seio da selecção nacional da modalidade.  Na altura do anúncio da desistência, a comitiva nacional contabilizava nove casos confirmados de covid-19, situação que estava a criar algum desconforto e que tendia a piorar, segundo nota da FCA.

“As possibilidades de virem a surgir mais casos são claras e, por causa dessa situação a equipa nacional corre o risco de ser desqualificada da prova caso vier a ficar, de novo, sem os 10 jogadores, sendo que, mesmo que tiver 10 jogadores, um deles, obrigatoriamente, terá que ser um guarda-redes que neste momento não dispomos por estarmos com quatro guarda-redes isolados por terem acusado positivo para covid-19 e tudo isso contraria o estabelecido nos regulamentos da competição”, explicou a FCA, numa nota enviada a esta redação.

A Federação Internacional de Andebol aceitou a decisão da Federação. Cabo Verde tinha se estreado na competição com uma derrota por 34-27 frente a Hungria. No dia seguinte a federação nacional da modalidade informou que não iria comparecer ao jogo de domingo frente a Alemanha, por não ter o mínimo de jogadores disponíveis exigidos para uma partida. Assim as partidas de Cabo Verde, frente a Alemanha e Uruguai passaram a ser contadas como derrotas de 10 – 0 para seus adversários.

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