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Política

Jorge Carlos Fonseca diz que acordo de mobilidade na CPLP vence “céticos e incrédulos”

O presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, afirma que a aprovação do acordo de mobilidade na lusofonia pelo Conselho de Ministros da CPLP venceu a “resistência” de “céticos e incrédulos”, sendo uma “aposta firme” da presidência cabo-verdiana.

Segundo a Inforpress, o chefe de estado, que detém a presidência rotativa da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), divulgou uma nota, no sábado (27), onde refere que a proposta de acordo de mobilidade dentro da organização, “uma aposta forte e firme” da liderança de Cabo Verde, “acaba de vencer mais uma etapa”.

“A caminho de uma muito relevante e histórica conquista, no percurso de construção de uma verdadeira Comunidade de Povos e de Cidadãos dos Países de Língua Portuguesa. Vencendo a resistência de muitos céticos e incrédulos”, escreveu Jorge Carlos Fonseca.

O Conselho de Ministros da CPLP aprovou sexta-feira, em reunião extraordinária presidida por Cabo Verde, a proposta de livre circulação de pessoas no espaço lusófono, para ser levada à cimeira de Luanda.

“Chegámos a uma solução de geometria variável, que permite a todos os Estados-membros as melhores soluções no quadro da mobilidade”, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades de Cabo Verde, país que detém a presidência rotativa da comunidade, Rui Figueiredo Soares.

O governante presidiu, a partir da Praia, a esta 15.ª reunião extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP (que junta os ministros dos Negócios Estrangeiros ou das Relações Exteriores dos Estados-membros), realizada em formato de videoconferência, devido à pandemia de covid-19.

Com a aprovação deste projeto de acordo sobre a mobilidade na CPLP, disse, será possível “transformar uma comunidade de países numa comunidade de pessoas na qual os cidadãos se possam sentir integrados”.

O chefe da diplomacia cabo-verdiano admitiu que este “não foi um consenso fácil” e que não era possível “fazer um acordo que fosse único para todos os países”, pelo que a solução passa por entendimento com “vários níveis de mobilidade” e com “diferentes velocidades”.

Trata-se de uma convenção geral que depois de ratificada na próxima cimeira ainda carecerá de regulamentação própria de cada país, em função dos quadros legais dos vários Estados, das suas “disposições constitucionais” e das exigências ou limitações dos espaços territoriais em que cada um está integrado, precisou Rui Figueiredo Soares.

“Nós não podemos fazer aqui um prognóstico geral quanto à data em que cada um dos Estados-membros sejam cumpridas as formalidades e o acordo possa entrar em vigor”, acrescentou o ministro cabo-verdiano, recordando que os parlamentos de cada país ainda terão se chamados a ratificar o acordo, após aprovado pelos chefes de Estado e do Governo da CPLP.

A aprovação do acordo representa também o ponto alto da liderança da CPLP por Cabo Verde – que foi prolongada por um ano devido às limitações em 2020 com a pandemia de covid-19 -, e o documento terá ainda ser ratificado na 13.ª Conferência de Chefes de Estado e do Governo, prevista para julho, em Luanda, que vai marcar a transição da presidência da organização para Angola.

A CPLP conta com nove Estados-membros: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

C/ Inforpress

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