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Economia

Forúm debate o papel da mulher no Turismo 

A Global Women in Tourism, em parceria com outras instituições, pretende mitigar as assimetrias de género no sector com projetos e soluções que vão ser apresentados no “II Fórum Internacional: Mulheres e Turismo, a minha voz!”. O evento será realizado em formato online, nos dias 2, 3 e 4 de junho.

Com a participação de mulheres de países diferentes, incluindo Cabo Verde, este fórum visa debater a presença e o papel da mulher no sector do turismo, no sentido de reduzir as assimetrias de género que se têm observado em todo mundo, quando se trata da atividade turística. 

Leila Portela, fundadora da Global Women in Tourism e mentora do fórum, considera que, com a retoma do turismo, faz-se necessário abordar a questão de gênero que deve ter um certo protagonismo.

“Vários destinos turísticos estão a fazer planos de marketing, a fazer um levantamento das necessidades no terreno e, mais uma vez, a questão da transversalização do género no turismo fica para trás. E sabendo que 56% da mão de obra no turismo a nível mundial é feminino, então nós temos aqui aspetos muito comuns, que são a questão da invisibilidade da mulher, as dificuldades que ela atravessa”, pontua Leila Portela.

A fundadora da organização revela ainda que a própria já enfrentou diversas situações de “preconceitos” na sua área por ser mulher.

“Nós encontramos homens e mulheres a desempenharem as mesmas funções com uma disparidade salarial muito grande. E é aí que entram estas discriminações e nós precisamos colocar o dedo na ferida e apresentar soluções claras. Eu, particularmente, já passei por situações idênticas pelo facto de ser mulher, pelo facto de eu ser mãe e não me ser concebida a oportunidade, como a outros, de desenvolver a minha carreira de oportunidades, de igualdade e de equidade”, diz.

Neste segundo fórum de mulheres e turismo, a voz feminina pretende se fazer ouvir, partilhando os seus projetos e soluções para um turismo sustentável e uma retoma que seja igual e justa, tanto para os destinos como para os trabalhadores e os visitantes.

“Nós precisamos da visibilidade da mulher, da sua representatividade nestes papéis. Queremos chamar atenção para o equilíbrio entre a maternidade, a vida pessoal e carreira pela questão da linguagem, da promoção turística e do marketing, que não está alinhado com aquilo que é a defesa do género feminino”, defende Leila Portela.

O II Fórum Internacional sobre Mulheres e Turismo é realizado de hoje,2, até sexta-feira, 4, e conta com a participação de mulheres de Angola, Argentina, Brasil, Cabo Verde, Chile, EUA, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe. 

C/ RCV 

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