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A Não Perder

Três dos melhores filmes de ficção científica de Christopher Nolan

Criados com o intuito de explorar e questionar os limites do nosso conhecimento, fantasiando com outras realidades possíveis, os filmes de ficção científica continuam sendo adorados por muitos espectadores.

Pensando nisso, o A Não Perder preparou uma lista com três dos melhores filmes de ficção científica de Christopher Nolan, um dos grandes cineastas da sua geração e acostumado a confundir a cabeça dos espectadores desde o início da década de 2000.

Inception (2010)

Conta a história de como um grupo de golpistas que utiliza uma “máquina de invadir sonhos” para poder conquistar os seus objetivos mais audaciosos.

O complexo longa metragem com cenário futurista apresenta cinco narrativas, uma dentro da outra, convidando o espectador a habitar um espaço de hesitação e dúvida entre realidade e sonho. Conta com actuações de Leonardo DiCaprio, Ellen Page e Joseph Gordon-Levitt entre outros atores de destaque.

O enredo central do filme centra-se no protagonista Dom Cobb (Leonardo DiCaprio), um ladrão que é especializado em extrair informações das pessoas através dos sonhos. Cobb trabalha com espionagem industrial e é capaz de entrar na mente alheia, tendo acesso aos sonhos dos indivíduos.

Inception é marcado, portanto, por possuir um enredo complexo e muito bem desenvolvido que prolifera dúvidas no espectador.

Nolan, ao longo da história, oferece aos espectadores pequenas dicas presentes nos diálogos dos personagens que, para as pessoas mais atentas, servem como pistas para elaborar teorias sobre o final do filme.

Inception foi indicado a oito categorias do prémios Oscar, vencendo quatro: melhor mixagem de som, melhores efeitos visuais, melhor fotografia e melhor edição de som.

Interstellar (2014)

“Só porque a humanidade nasceu na Terra não significa que tenhamos que morrer todos nela”. Talvez esta seja a frase mais marcante e reflexiva desse filme de ficção científica das mais puristas, cheia de questionamentos e que explora como poucos não só a ciência, mas também a humanidade e conceitos nada científicos, como fé e amor. Para criá-lo, Nolan pegou as teorias do físico Kip Thorne.

Num futuro distópico não muito distante, a Terra sofre com uma grande praga que dizimou boa parte da comida do planeta, transformando tudo em pó. A fome e sofrimento fazem com que a NASA opere na clandestinidade e até as missões à Lua sejam desacreditadas nos livros de história. Quem fica feliz em saber que a agência espacial ainda está activa é o ex-piloto Cooper (Matthew McConaughey) que tem de escolher entre ficar na fazenda com a sua família na Terra ou viajar ao espaço em busca de novos planetas onde a humanidade pode ser reconstruída.

A montagem de Lee Smith merece elogios, principalmente pelo fato de conseguir fazer o filme fluir bem nos momentos mais reflexivos e mesmo contando com quase três horas de duração. A direção de arte minuciosa e o ambicioso design de produção colocam o filme como um marco da ficção científica na Hollywood do século XXI, principalmente por tudo (ou melhor, quase tudo) parecer possível.

Os cenários são maravilhosos. Os efeitos especiais são de tirar o fôlego. As imagens da Terra, de Saturno, a mágica travessia do buraco de minhoca e do buraco negro, as várias dimensões, os planetas sao maravilhosos. Boa parte das teorias científicas batem com a realidade.

Assista Interstellar em toda a sua glória, o Christopher Nolan acertou mais uma vez. Em cheio. E ao contrário de Inception, o final é bem claro.

Tenet (2020)

Um agente da CIA conhecido como O Protagonista (John David Washington) é recrutado por uma organização misteriosa, chamada Tenet, para participar de uma missão de escala global. Eles precisam impedir que Andrei Sator (Kenneth Branagh), um renegado oligarca russo com meios de se comunicar com o futuro, inicie a Terceira Guerra Mundial. A organização está em posse de uma arma de fogo que consegue fazer o tempo correr ao contrário, acreditando que o objecto veio do futuro. Com essa habilidade em mãos, O Protagonista precisará usá-la como forma de se opor à ameaça que está por vir, impedindo que os planos de Sator se concretizem.

Tenet faz aqui um grandioso e explosivo quebra-cabeça, no maior estilo Christopher Nolan que consegue ser. E chega pronto para dar um nó na cabeça do espectador, mais uma vez, assim como foi com Inception (2010), e Interstellar (2014). Tenet não é um filme fácil de se entender logo de cara, onde tudo faz parte da composição para criar essa ambientação mais conspiratória, e cheia de conexões e reviravoltas.

Em Tenet é isso, um filme marcado por esse caminho cíclico onde as coisas começam e terminam no mesmo ponto, mas ao mesmo tempo, também terminam completamente diferentes da forma que começaram. No filme, tudo tem um motivo para acontecer e estar lá. E grande parte da graça do filme é prestar atenção nos pequenos detalhes, apenas absorver a informação e não ficar preso nelas muito tempo, afinal com o tempo, o filme passa, e novas informações surgem.

Quem é fã de ficção científica pode preparar-se para muitas emoções com esses três filmes de Nolan.

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