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Política

Daniel Medina desiste da corrida presidencial porque “o Estado não garante imparcialidade”

O professor universitário Daniel Medina desistiu de concorrer às eleições presidenciais de 17 de outubro, por considerar que o Estado não dá garantia de imparcialidade e não garante a não compra de votos.

 “Já não vou apresentar a candidatura pela seguinte razão: o Estado de Cabo Verde não garante a imparcialidade, não garante a não compra de votos e a transparência nas eleições” declara Medina, que explica ter chegado a estas conclusões depois de conversar com as pessoas e  autoridades que têm a ver com o assunto.

“As pessoas não garantem nada. Dizem que não sabem, que vão fazer o necessário, o possível. Quer dizer que as coisas vão ser como nas autárquicas e nas legislativas. Todo mundo sabe que há essas situações, mas ninguém toma as medidas”, frisa o ex-pré-candidato, que desiste da candidatura dois dias antes da data do término do prazo para entrega das candidaturas, estipulado pelo Tribunal Constitucional..

Medina admite que as dificuldades financeiras também pesaram na sua decisão, “mas a parte fundamental é o caminho que Cabo Verde está a seguir”.

“Portanto, o que me preocupa é a situação em que se encontra, infelizmente, o Estado de Direito, neste momento, em que não há transparência, não há imparcialidade e o próprio Estado não garante aos cidadãos essa possibilidade de ir às urnas e ser legitimado”.

Segundo o calendário eleitoral, publicado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o prazo para a apresentação das candidaturas às eleições presidenciais de 17 de Outubro termina no dia 18 de Agosto, sendo que o sorteio da ordem a atribuir às candidaturas nos boletins de voto vai ser realizado no dia seguinte, 19 de Agosto.

 C/Inforpress

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