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Santiago

Praia: Manifestação de taxistas com grande adesão

A manifestação dos taxistas da Praia, que aconteceu na manhã desta sexta-feira, 27, teve uma grande adesão. No largo de Quebra Canela, os taxistas quiseram alertar as autoridades sobre os perigos que a classe tem sofrido, devido ao aumento da frequência e da gravidade dos assaltos.

Em entrevista à imprensa, o presidente da associação de taxistas, Adriano Monteiro, lamenta esta situação de criminalidade na capital do país e alerta as autoridades de que estão a correr risco de vida, caso a situação não seja controlada de imediato.

“Estamos a fazer esta manifestação para chamar a atenção das autoridades que nos possam dar segurança no trabalho porque todos os dias estão a acontecer assaltos, e alguns até graves, por isso estamos a alertar as autoridades competentes para ver se nos ajudam porque eles são o único suporte que nós temos”.

Ulisses admite dificuldade de controlo

Adriano Monteiro ainda alega terem conversado diretamente com o Primeiro Ministro, Ulisses Coreia e Silva, e o mesmo confessou ser ainda uma situação difícil de controlar.

“Tivemos uma formação na Escola de Hotelaria e Turismo onde falamos com o Primeiro-Ministro onde ele mesmo afirmou ser uma situação difícil, e que ainda está em estudo, para depois criar meios para combater esses assaltos. Ficamos desmotivados”, disse.

O presidente avança que esta manifestação já tinha sido pensada antes, mas que só ganhou força na semana passada quando um colega sofreu um assalto e foi esfaqueado. E mesmo com as autoridades a capturarem os criminosos, foram soltos na mesma hora sem que sofressem nenhum tipo de punição.

“É uma situação que nos trouxe amargura e é nesse sentido que organizamos esta manifestação para pedir mudança de lei e para mostrar o quanto estamos cansados. Os assaltos estão cada vez mais frequentes. Taxistas com no mínimo um ano de serviço já foram assaltados 2 ou 3 vezes”, esclarece.

“Uma situação grave”, define Adriano Monteiro que apela a uma mudança de lei para acompanhar a evolução do país e realça não serem apenas os taxistas, mas sim toda a população que está a ser afetada pela criminalidade, que tem aumentado dia a dia.

Proprietários exigem uma ação rápida do Governo

O Presidente da Associação dos Proprietários de Táxis, Carlos Semedo, explica que por serem um grupo que contribui para o PIB do país, necessitam de segurança e proteção, e é nesse sentido que fazem esta manifestação com o objetivo de exigir que a situação seja contornada, o mais rapidamente possível pelo Governo.

“Todos sabem a situação que se passa na Praia, neste momento, portanto não podemos ficar calados, e, por isso, estamos a dar uma basta nesta situação”.

Caso não tenham retorno quanto às suas exigências, Carlos Semedo, avança que vão continuar a luta e ver novas formas de manifestação, sendo uma delas paralisar os serviços.

“Nós trabalhamos diretamente com as pessoas e trabalhamos na mobilidade de país. Se paramos um dia, será um caos na cidade da Praia, ou em qualquer outro município  onde há táxis, portanto, devem levar em consideração para um setor que contribui mais de 70 mil contos ao ano, em termos de combustível, e contribuições nas finanças, eu acho que devíamos ter proteção. Nós também temos um sindicato que é voltado para nós, condutores profissionais, e estamos a pensar, junto com essa entidade, se caso não houver nenhum feedback, vamos fazer uma paralisação a nível nacional”.

Soluções

Questionados sobre as suas propostas para melhorar a segurança, os profissionais de táxi apontam uma Central de Táxi, com tecnologias de GPS, para o maior controlo da viatura e um botão de alarme que será accionado junto à polícia e à Central de Taxi, em caso de assalto, de forma a terem melhor cobertura de imediato.

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