Os encontros devem acontecer em modo virtual, com a participação de 150 representantes de diversos países e duas dezenas de participantes presencialmente. A conferência propriamente dita começa a partir de quarta-feira, 15, com a participação das delegações ministeriais e de altos dirigentes de Cabo Verde.
Hoje os trabalhos arrancaram com dois painéis, o primeiro versando sobre política dos diferentes países africanos para o clima e o segundo sobre a utilização de novas tecnologias nesta área. Esses primeiros encontros são os preparatórios para as reuniões paralelas sobre temas específicos.
A mobilização financeira para a resiliência climática é um dos propósitos da conferência, como aponta o diretor da Divisão, da Tecnologia, Mudanças Climáticas e Recursos Naturais da Comissão Económica para África das Nações Unidas, Jean-Claude Adam.
“A economia azul é um tema que permanece sempre atual, sobretudo no contexto dos estados insulares, em vias de desenvolvimento e do apoio às suas necessidades específicas e, também, para assegurar uma transição justa e igualitária que permita aos países africanos prosseguirem com a industrialização e permitir, assim, crescer e relançar a sua economia face à problemática ligada às mudanças climáticas e à Covid-19”, pontuou.
As expetativas desta conferência são elevadas, sobretudo para garantir uma posição muito clara sobre os aspetos mais importantes, por exemplo a “questão dos financiamentos, onde há a necessidade da promessa dos 100 bilhões de dólares que deveriam ser mobilizados a partir de 2020, onde já se verifica um atraso”, acrescentou Jean-Claude Adam.
Para um país como Cabo Verde, adianta Jean-Claude Adam, existe um projeto para negociar as dívidas para permitir a redução das mesmas e, assim, conseguir financiamentos adicionais para investir na resiliência climática.
C/ RCV