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Santiago

Praia: Manifestantes contestam aumento do preço da eletricidade

Um grupo de manifestantes reuniu-se, na tarde desta sexta-feira, 1 de Outubro, em frente ao Palácio do Governo, na Cidade da Praia, para protestar contra as novas tarifas de eletricidade, que entraram ontem em vigor.

A manifestação, pacífica, acabou por abranger também o aumento dos preços dos combustíveis, também em vigor desde o mesmo dia.

“O povo não aguenta mais. Estamos estrangulados com o custo de vida. Os preços sobem cada vez mais e, em contrapartida, não estamos a ter um aumento ou actualização salarial”, indicou a porta-voz do grupo, Paulina Teixeira, que questiona como poderão as pessoas sobreviver perante tantas despesas.

Esta cidadã recorda que o aumento no preço da eletricidade, em 37%, vai surtir efeito no preço de vários produtos e serviços.

“Já começamos a ver isso, não estávamos à espera que, a partir de hoje, o gás ficaria mais caro, assim como outros combustíveis”, acrescenta.

Uma subida que, segundo diz, terá imediatamente um efeito dominó em vários sectores. Por outro lado, sublinha, há várias pessoas em regime laboral de lay-off, a receber muito menos do que aquilo que é o seu salário normal e muitas outras em situação de desemprego, pelo que, considera, não é o momento certo para qualquer tipo de aumento, Xindo Morandi, aposentado, tem uma família numerosa e, apesar de estar inscrito no Cadastro Social Único, garante que este aumento vai repercutir negativamente na renda da família.

“Este aumento é exagerado… Eu tenho três netos desempregados em casa, além de vários menores. Nós que temos família numerosa, como vamos fazer para arcar com este custo?”, questiona.

De forma pacífica, e ao longo da avenida em frente ao Palácio do Governo, os manifestantes exibiram cartazes com dizeres como “abaixo a corrupção e a gestão danosa”, “afronta é água e luz”, “chega de tomar dinheiro”, entre vários outros.

A manifestação aconteceu precisamente no dia em que entraram em vigor as novas tarifas de electricidade, segundo as quais este bem essencial passa a custar mais, com um aumento entre 30 a 37%, anunciado pela ARME em junho do corrente ano.

O Governo, entretanto, garantiu que “ninguém vai pagar mais do que pagava no início da pandemia”. No dia 20 de setembro, o executivo anunciou algumas medidas para os sectores de água e eletricidade, entre as quais, redução do IVA, reforço de incentivos para ligações domiciliares de água, eletricidade e esgoto e políticas para sector empresarial.

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