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Gilson Alves

Presidenciais: “Os políticos quando são eleitos só pensam nas suas famílias e esquecem da gente” – Gilson Alves

O candidato a Presidente da República, no dia 17 de Outubro, Gilson Alves, disse ontem, na Praia, que os políticos, quando são eleitos, depois, só pensam nas suas famílias e esquecem o povo. Alves esteve em contatos com os eleitores da capital, em pontos estratégicos como Mercado do Platô e Sucupira, onde não escondeu ser seguidor de Cabral. Este domingo, 10, irá participar no debate colectivo com os outros 6 candidatos logo à noite na RTC. 

Acompanhado de um grupo de jovens, empunhando as bandeiras da sua candidatura, Gilson Alves, que se encontra na Praia, desde sexta-feira,8, esteve este sábado de visita ao mercado do Platô e Sucupira para contatos com o eleitorado da capital, onde se concentra o maior número de votantes. 

Gilson Alves ouviu algumas das queixas das vendedeiras, que disseram que os candidatos só as visitam por altura das eleições e que depois nunca mais os vêem e não querem saber delas.

“Tem sido assim, realmente. Os políticos são eleitos, na presidência ou como deputados, depois esquecem da gente e pensam só nas suas famílias”, disse ouvido pela TCV.

Na sua óptica, “um político verdadeiro não é assim”, é alguém que age, como Cabral agia. “Um político verdadeiro entra na política para sacrificar a sua vida, em prol da vida dos seus compatriotas. É o amor pela sua terra que ele deve entrar na política, como Cabral”, defendeu.

A campanha, em pontos chave da capital, serviu para ver o poder de luta do povo cabo-verdiano. “Esta visita que fizemos aqui, e no pelourinho, mostra-nos um cabo-verdiano ao sol e em dificuldades, que se safa sem a ajuda de ninguém. Se tivessem um bocadinho da ajuda do Estado, a nossa terra não estava escravizada como está, agora”.

Gilson Alves prometeu ainda, na capital, pôr fim ao artigo da Constituição da República (CR) que impede os cabo-verdianos emigrantes com dupla nacionalidade de se candidatarem a Presidente da República.

Como defendeu, citado pela Inforpress, Cabo Verde foi construído pelos emigrantes, desde a Independência, com investimentos feitos no país, remessas de dinheiro feitas aos familiares e amigos, desde que os colonos portugueses “deixaram o País sem nada”.

Socialismo de Cabral

No seu périplo pela capital Alves fez questão de visitar o memorial  Amílcar Cabral e disse que o Regime Presidencialista que defende irá fazer dele um presidente justo e solidário

“Socialismo para mim, é solidariedade e abnegação. Sigo Cabral porque fui ensinado assim, pela minha mãe, pela minha avó, a distribuir, quando comprava três pastéis, para dar 2 e ficar com 1. Quando andava com os meus colegas, nós éramos de famílias diferentes, posso ser eu que tenho menos, ou um colega meu que tem menos, mas não vale a pena eu comer um prato cheio e o meu amigo ficar com fome. Isto é o socialismo”.

Passado mais de uma semana de campanha, Gilson Alves faz uma balanço positivo do percurso. “A minha cabo-verdianidade está mais segura do que nunca. A nossa identidade está firme e o amor pela minha terra está mais forte que nunca. Estou bastante orgulhoso da minha terra”, disse, avançando ainda que está “confiante” para dia 17.

 

11º dia, é dia de debate

Este Domingo,10, Gilson Alves continua na Praia em contatos e, tal como os outros candidatos, deve-se preparar para o debate colectivo com os outros 6 candidatos logo à noite na RTC.

Recorde-se que estas são as sétimas eleições presidenciais de Cabo Verde, desde 1991, ano em que pela primeira vez a escolha do PR passou a ser feita pelo voto directo, universal e pluralista.

A eleição para o Presidente da República que sucederá a Jorge Carlos Fonseca, no cargo, acontece no próximo dia 17 de Outubro e concorrem sete candidatos: Fernando Rocha Delgado, Gilson Alves, José Maria Neves, Carlos Alberto Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.

A NAÇÃO

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