O Grupo de Apoio Orçamental (GAO) alertou hoje para os riscos fiscais de Cabo Verde no próximo ano. Considerações feitas à margem da leitura ao Orçamento de Estado proposto, apontando os avales e garantias no sector empresarial do Estado como riscos agravados.
A informação foi partilhada à imprensa pelo presidente da Comissão Especializada de Finanças e Orçamento, António Fernandes, após encontro com o Grupo de Apoio Orçamental (GAO).
Segundo avança a Inforpress, essa responsável explicou que a reunião serviu para analisar o momento em que o País se encontra, com os desafios decorrentes da pandemia e que coincide com a discussão do Orçamento de Estado para 2022, que também comporta alguns desafios, nomeadamente no que diz respeito às receitas.
Durante o encontro, revela que foi abordado toda a questão social, a pobreza e o desemprego, além do turismo que, segundo indicou, perdeu cerca de 7 por cento (%) do seu crescimento.
“Perante este contexto, o sector da agricultura também passa por momentos de algumas dificuldades, mas pudemos ouvir também um conjunto de perspectivas no domínio de projectos e programas de continuidade, que vão seguramente acompanhar esse processo de preparação do ano de 2022”, assinalou.
Aspectos que têm a ver com riscos macrofiscais, sendo que o próprio programa social implementado pelo Governo acaba por imprimir um conjunto de riscos fiscais, foi também abordado.
Mais, como explica, os avales e as garantias no sector empresarial do Estado, com alguns riscos agravados, nomeadamente pela descontinuidade do processo da privatização dos TACV.
“Portanto, os níveis de riscos no que diz respeito à questão fiscal é preciso acompanhar com muita atenção”, disse, alertando ser necessário um acompanhamento para poder manter dentro do quadro da sustentabilidade, aquilo que são as questões orçamentais e a dívida pública.
C/Inforpress
