A Polícia Judiciária (PJ) pediu, hoje, tranquilidade em relação ao caso do assassinato da adolescente Eliane na ilha do Sal. A PJ avança que o processo está já em “avançado estado de investigação” e que os meandros do crime serão dados a conhecer ao público “no momento apropriado”.
“A Polícia Judiciária aproveita para tranquilizar a população da ilha do Sal e do país em geral, ao mesmo tempo que reafirma a sua inteira e total disponibilidade a dar combate aos crimes que a lei lhe confere competência para investigar, informando ainda que tudo será feito com vista ao cabal esclarecimento deste caso”, sublinhou a PJ num comunicado enviado à imprensa.
No mesmo comunicado, a polícia científica esclarece que, nesta fase, não pode avançar mais informações sobre o caso, dado estar sob segredo de justiça, e sob a alçada do Ministério Público.
A utilização de meios avançados de investigação criminal, realça a PJ, não deu quaisquer hipóteses ao suspeito, que, ao ser notificado para comparecer na Polícia Judiciária, acabou por se entregar.
Prisão preventiva para o suspeito de homicídio
Como já é do domínio público, o indivíduo, sob o qual recai a suspeita de homicídio agravado, encontra-se em prisão preventiva depois de ter sido apresentado ontem ao Tribunal Judicial da Comarca do Sal para o primeiro interrogatório de arguido detido.
A Polícia Judiciária exorta ainda a população que o combate à criminalidade é tarefa de todos, pelo que toda a comunidade deve estar envolvida, tomando todas as precauções que se mostrarem necessárias para prevenir tal fenómeno.
A PJ sublinha que o desfecho favorável da investigação preliminar só foi possível graças ao engajamento do pessoal especializado de investigação criminal e de especialistas do Laboratório da Polícia Científica destacados pela Direção Nacional da Polícia Judiciária para apoiarem o Departamento da Investigação Criminal do Sal nas investigações, bem como a colaboração da Polícia Nacional, mais concretamente da Esquadra Policial de Santa Maria.
O caso remonta ao dia 09 de Dezembro, quando Eliane saiu de casa, na zona de Palha Verde, para ir à escola, mas nunca chegou ao destino.
Mais tarde o corpo, já sem vida, foi encontrado nas proximidades de Monte Leão. Entretanto, segundo o delegado de Saúde no Sal, José Rui Moreira, o certificado de óbito revelou que a morte de Eliane Pinto foi por afogamento, conforme uma autópsia realizada no passado, Domingo, 12 do corrente mês. Até à data, não se confirmaram as suspeições sobre alegado abuso sexual.
