Cabo Verde foi um dos 141 países que votaram a favor da resolução das Nações Unidas, que repudia a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia. Entre os países lusófonos, Angola e Moçambique se abstiveram e Guiné Bissau se ausentou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares, explicou que o sentido de voto de Cabo Verde está alinhado com os valores defendidos pelo Estado, nomeadamente a integridade territorial dos países.
“Nós condenamos, de facto, qualquer acto que tenha a ver com agressões de um país, em relação a outro, e não podíamos ficar indiferentes perante esta situação que se está a viver na Ucrânia (…) e cujas consequências são ainda desconhecidas por todos”, fundamentou o ministro, em declarações à RCV.
Segundo Rui Figueiredo Soares, Cabo Verde não poderia ter um voto diferente, tendo em conta os valores fundamentais que defende, mas, esclarece, o seu sentido de voto não determina as relações de cooperação que o arquipélago mantém com países terceiros.
“Neste caso, em específico, estamos a falar de valores fundamentais que o Estado de Cabo Verde defende na área internacional, nomeadamente o respeito pelos países, pela sua integridade territorial, a não ingerência em assuntos de políticas de outros países”, explicou, defendendo a via diplomática para a resolução dos conflitos e nunca a via armada.
De entre os países lusófonos, Angola e Moçambique se abstiveram, a Guiné-Bissau ausentou-se e os demais países – Brasil, Cabo Verde, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste votaram a favor.
A Sessão Especial de Emergência na Assembleia Geral foi solicitada após a Rússia vetar, no Conselho de Segurança, uma resolução condenando o ataque contra a Ucrânia.
C/ RCV
