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Economia

Governo dá aval de 20 milhões de escudos à Sociedade Cabo-verdiana de Sabão

 O Governo aprovou um aval estatal a favor da Sociedade Cabo-verdiana de Sabões (SCS), no valor de 20 milhões de escudos, tendo em vista colmatar as dificuldades financeiras da fábrica, maioritariamente pública e instalada em São Vicente, há mais de 30 anos.

“Esta operação de crédito não se destina a um investimento económico, todavia, dado que o país vive uma conjuntura macroeconómica e financeira muito adversa, decorrente da crise pandémica, e tendo o Estado a participação na empresa como accionista maioritário, é reconhecida a necessidade deste apoio financeiro extraordinário que permite a recuperação da empresa e a protecção dos postos de trabalho”, lê-se no despacho do Ministério das Finanças e do Fomento Empresarial, citado pela Inforpress.

O documento recorda que a Sociedade Cabo-verdiana de Sabões é uma empresa do ramo industrial, que opera na produção e comercialização de sabões e detergentes, com sede em Ribeira de Julião, ilha de São Vicente, sendo constituída por capital misto, mas no qual o Estado tem uma participação de 68,9%, sendo assim o accionista maioritário.

Reconhece, igualmente, que a empresa “tem envidado esforços para lançar novos produtos no mercado”, mas encontra-se “numa situação económica e financeira muito fragilizada nos últimos anos, devido ao impacto da nova conjuntura económica em Cabo Verde, decorrente da pandemia covid-19, que afecta directamente as suas actividades financeiras e operacionais”.

“A empresa tem suportado, também, elevados custos financeiros, resultantes das sucessivas cauções exigidas pelo tribunal por conta do processo judicial interposto pela ex-directora geral, situação que tem sido assegurada através de uma conta caucionada”, lê-se no mesmo despacho, que autoriza a Direcção-geral do Tesouro a emitir o aval do Estado ao empréstimo bancário.

A SCS produziu em 2020 quase 480 toneladas de sabão em barra (+19%) e mais de 51 mil litros de detergente, mas a administração admite que a actividade produtiva foi afectada pelas dificuldades no transporte dos produtos acabados para o mercado da zona sul do país, nomeadamente a ilha de Santiago, que concentra os principais clientes.

C/ Inforpress

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