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Economia

OMPI vai apoiar 200 empresas cabo-verdianas a alcançar outros mercados

O director-geral da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), Daren Tang, informou, esta quinta-feira,7, que a organização vai apoiar cerca de 200 empresas cabo-verdianas no desenvolvimento das suas capacidades e utilização da propriedade intelectual, para alcançarem outros mercados.

O responsável, que está de visita a Cabo Verde, falava durante a sua intervenção na cerimónia de abertura da conferência internacional sobre “o contributo da propriedade intelectual (PI) na promoção da inovação e na transição para uma economia sustentável”, que decorre até esta sexta-feira, 8, na Cidade da Praia.

De acordo com o director-geral da OMPI, a pandemia fez com que a propriedade intelectual tornasse mais resiliente nos últimos anos e acelerou o processo da transição digital e as novas tecnologias.

“O crescimento dos últimos anos mostra que a inovação tem sido uma actividade que tem contribuído no desenvolvimento dos países e surgimentos de economias emergentes”, afirmou, destacando os ganhos que Cabo Verde alcançou a nível do continente, ao subir 11 posições no ranking da OMPI.

Reforço da cooperação digital

Daren Tang avançou que a PI quer trabalhar no reforço da cooperação com Cabo Verde em várias áreas, com destaque para a economia digital e indústrias criativas.

Acrescentou que a organização prevê apoiar, nos próximos tempos, 200 empresas cabo-verdianas a tirarem proveito da propriedade intelectual, tendo como projecto piloto o apoio ao desenvolvimento das marcas do vinho do Fogo nos mercados internacionais.

Prometeu, por outro lado, enquanto director-geral da OMPI, trazer uma nova visão da PI enquanto instrumento de desenvolvimento, mas também como instrumento de desenvolvimento de todas as economias.

Momento especial

Por seu turno, o ministro da Indústria e do Comércio, Alexandre Monteiro, afirmou que o apoio da OMPI chega num “momento especial “para o sistema de propriedade intelectual em Cabo verde, isto porque, lembrou, o Governo acabou de aprovar a Carta Política para a Propriedade Intelectual, um instrumento importante, segundo o governante, na formalização do plano estratégico para a política da PI em Cabo Verde.

“Este apoio ocorre também no momento em que acabamos de aprovar e de depositar ontem, formalmente, quatro instrumentos importantes que foram aprovados, em termos de tratados da OMPI que irá contribuir para enriquecer o sistema de propriedade Intelectual no domínio da área da propriedade industrial em Cabo Verde”, asseverou.

O Governo, salientou, quer um sistema de propriedade intelectual que valorize os recursos naturais do país, possa contribuir para preservar a identidade cultural e estimular a inovação, criatividade, com o objectivo final de desenvolvimento tecnológico, económico, social e cultural de Cabo Verde.

A Propriedade Intelectual (PI) é uma das pedras angulares da política económica moderna e considerada um catalisador para desenvolvimento e crescimento económico dos países.

Actualmente é vista como uma das componentes fundamentais das políticas públicas e estratégias para galvanizar o desenvolvimento dos países, pois contribui para valorização dos recursos naturais, agregação de valor aos bens e serviços, a preservação da identidade cultural e o incentivo à criatividade e à inovação.

C/ Inforpress

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