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Eleições Gerais em Angola: MPLA na frente com 60,65%. UNITA contesta

O porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) divulgou, esta quinta-feira, 25, os primeiros Resultados Provisórios das Eleições Gerais, que dão vantagem ao MPLA (Movimento popular de Libertação de Angola), com 60,65 por cento (%), seguindo-se a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), com 33,85%.

De acordo com o presidente da CNE, Lucas Quilundo – citado pelo portal jn.pt -, foram já escrutinados 33,16% do total dos votos.

Por candidatura, os resultados apontam para 60,65% para o MPLA), Partido no Poder; e 33,85% para a UNITA (o PrincipalPartido da Oposição).

Entretanto, a UNITA contesta os resultados apresentados pela CNE, garantindo existirem indicadores “claros e inequívocos de vantagem da UNITA”.

Clima de tranquilidade 

Quarta-feira, 24 de Agosto de 2022, foi uma data histórica para Angola e os angolanos. Os eleitores, de Cabinda ao Cunene, exerceram o seu direito de voto, nestas eleições gerais em Angola, de forma ordeira e sem quaisquer incidentes dignos de registo.

A Diáspora que é chamada, pela primeira vez, para exercer o seu direito de voto, também participou nessas eleições, que determinam o rumo da governação em Angola, nos próximos cinco anos.

Antes das 7 da manhã, hora determinada para a abertura das assembleias de voto, já se registava uma grande afluência dos eleitores, que aguardavam, com alguma ansiedade, a abertura das urnas para votarem.

Ambiente tranquilo 

Depois da votação, alguns eleitores faziam questão de registar o momento para a posteridade, fazendo fotos para mostrar o dedo pintado, para mostrar que já tinham votado.

De uma forma geral, o processo de votação decorreu num ambiente de tranquilidade e uma certa alegria por parte de milhões de angolanos que foram chamados, esta quarta-feira, 24, para escolher os novos deputados da Nação e, consequentemente, um Presidente da República para os próximos cinco anos.

O que mais saltou à vista, durante todo o processo de votação, foi a forma ordeira como decorreram essas eleições, que contou também com uma forte presença de observadores internacionais, com destaque para a SADEC e CPLP, e jornalistas de diversos órgãos de comunicação social nacionais e internacionais. A equipa da CPLP é chefiada pelo anterior presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca.

Avaliação

O candidato do MPLA, João Lourenço, votou por volta das 8 horas. O presidente ainda em exercício, mostrou-se radiante e sorridente perante os jornalistas na hora de depositar o seu voto na urna. O líder do MPLA disse que em dia de eleições ganha “a democracia” e “Angola”.

Aos jornalistas presentes no edifício da Universidade Lusíada, em Luanda, local onde votou, João Lourenço declarou que “todos” saem a ganhar com o exercício do voto. “Estamos todos os cidadãos e eleitores a fazer o mesmo e vamos todos a sair a ganhar”.

Adalberto da Costa Júnior, líder da UNITA e cabeça de lista da Frente Patriótica, também votou em Luanda, na Escola 28 de Agosto, por volta das 8h25, onde foi recebido por uma multidão de apoiantes que lhe chamava “Presidente!” e o aplaudiu efusivamente.

O líder do maior partido da oposição afirmou, depois de ter votado, que 24 de Agosto é “um dia histórico”. “Faço um apelo a todos, a todos mesmo, vamos todos ao voto”, declarou aos jornalistas.

O cabeça-de-lista da Frente Patriótica aproveitou ainda para denunciar alegadas irregularidades eleitorais, dizendo que “a votação está a ser feita sem cadernos eleitorais”, que não terão sido afixados na maioria das assembleias de voto.

O líder do partido CASA-CE, Manuel Fernandes, votou numa assembleia de voto no Bairro Militar de Talatona, nos arredores de Luanda, dizendo ter “plena confiança” de que a sua força política terá um bom resultado nestas eleições.

“Temos a plena certeza de que, depois de uma profunda reflexão, e olhando as várias propostas de programa de Governo, sem sombra de dúvida, a CASA-CE vai ter resultados positivos” disse Fernandes, segundo a Deutsche Welle.

O líder da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), Nimi a Simbi, também exerceu o seu direito de voto. Aos jornalistas, mostrou-se confiante de que a FNLA “vai vencer”, acrescentando que “quem vai para o combate não vai para perder”.

Segundo a agência Ecclesia, Nimi a Simbi também falou em pelo menos 27 violações da lei eleitoral detetadas pelo partido até agora, mas decretou que o momento de avaliar essas irregularidades não é agora. “Temos de esperar pelo fim”, declarou.

14,4 milhões de eleitores

Quase 14,4 milhões de angolanos foram chamados a votar nas eleições gerais, um processo que o governo considera exemplar, mas que a oposição considera pouco transparente.

Segundo a polícia angolana, quase 36 mil agentes garantiram a segurança nas mais de 13 mil assembleias de voto e mais de 80 mil efetivos estiveram envolvidos na segurança das eleições.

De acordo com uma directiva do Ministério do Interior angolano, as “medidas de prevenção” e segurança, previstas para o período eleitoral vão vigorar até 1 de setembro, data em que está prevista a “tomada de posse dos membros eleitos”.

Para além do território nacional angolano houve mais 45 mesas de voto no estrangeiro, para mais de 22 mil eleitores da diáspora, em 12 países de África, Europa e América.

Além do MPLA e da UNITA, concorreram às eleições em Angola mais seis formações políticas: CASA-CE; Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA); Partido de Renovação Social (PRS); Aliança Patriótica Nacional (APN); Partido Humanista de Angola (PHA) e Partido Nacionalista para Justiça em Angola (P-Njango).

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