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Grécia: Resgatados 78 corpos e 104 pessoas com vida após o naufrágio de uma embarcação

Pelo menos 78 corpos foram recuperados do mar após um barco de pesca lotado de migrantes, que saiu da Líbia rumo à Itália, ter naufragado na costa sudoeste da Grécia na noite de terça-feira. Relatos dos sobreviventes referem que estariam a bordo 750 pessoas, incluindo uma centena de crianças.

As buscas por centenas de pessoas dadas como desaparecidas após um naufrágio na costa grega continuam esta quinta-feira, enquanto os corpos dos migrantes mortos estão a ser transferidos para camiões frigoríficos.

As equipas de resgate salvaram 104 passageiros incluindo egípcios, sírios, paquistaneses, afegãos e palestinianos mas as autoridades temem que centenas de outros possam ter ficado presos debaixo do convés do navio.

As operações de busca ao sul da região do Peloponeso, na Grécia, não conseguiram localizar mais corpos ou sobreviventes entre a noite de quarta-feira e o início do dia de hoje.

O local do naufrágio fica perto da parte mais funda do Mar Mediterrâneo, com profundidades de até 5200 metros, o que pode dificultar qualquer esforço para localizar o navio afundado.

Probabilidades de encontrar mais sobreviventes são mínimas

“As probabilidades de encontrar mais sobreviventes são mínimas”, disse o almirante reformado da guarda costeira grega Nikos Spanos à televisão estatal ERT.

“Os sobreviventes estão numa situação muito difícil. Estão em estado de choque”, declarou Erasmia Roumana, chefe da delegação da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), depois de encontrar os migrantes resgatados no porto de Kalamata, no sul da Grécia.

“Eles querem entrar em contacto com as suas famílias para dizer que estão bem e continuam a perguntar sobre os desaparecidos. Muitos têm amigos e familiares desaparecidos”, declarou Erasmia Roumana.

A Grécia declarou três dias de luto e os políticos suspenderam a campanha para as eleições gerais de 25 de junho.

“Estamos a testemunhar uma das maiores tragédias do Mediterrâneo”

“Estamos a testemunhar uma das maiores tragédias do Mediterrâneo e os números anunciados pelas autoridades são devastadores”, afirmou Gianluca Rocco, chefe da secção grega da Organização Mundial para as Migrações (OIM).

A OIM disse que os relatórios iniciais sugeriam que até 400 pessoas estavam a bordo. Uma rede de ativistas disse ter recebido um pedido de socorro de um barco na mesma área com 750 pessoas.

A agência da ONU registou mais de 21 mil mortes e desaparecimentos no Mediterrâneo central desde 2014.

C/ JN

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