PUB

Mundo

Papa diz que liberdade de expressão não permite “insultos à fé dos outros”

O Papa Francisco defendeu, esta quinta-feira, que a liberdade de expressão é um direito fundamental, que não permite “insultos à fé dos outros”, acrescentando que “matar em nome de Deus” é “uma aberração”.
“Não podemos provocar, não podemos insultar a fé dos outros, não podemos ridicularizá-la”, disse aos jornalistas a bordo do avião, que levou o Papa de Colombo para Manila, quando questionado sobre as caricaturas do semanário satírico francês “Charlie Hebdo”, alvo de um atentado que causou 12 mortos, na semana passada, em Paris.
A liberdade de expressão deve “exercer-se sem ofender”, disse, sublinhando que expressar-se era um “direito fundamental”. “Todos têm não apenas a liberdade, o direito, como também a obrigação de dizer o que pensam para ajudar o bem comum. É legítimo usar esta liberdade, mas sem ofender”, insistiu, pedindo verdade, principalmente na atividade política.
O Papa sublinhou que a liberdade de religião e a liberdade de expressão era “ambas direitos humanos fundamentais”.
Francisco condenou também os assassínios cometidos em nome da religião. “Não podemos ofender, ou fazer a guerra, ou matar em nome da própria religião, em nome de Deus”, afirmou. Matar em nome de Deus “é uma aberração” e “é preciso ter fé com liberdade, sem ofender, sem impor, nem matar”, frisou.
“O que se passa atualmente (com os atentados islamitas) choca-nos, mas pensemos na nossa Igreja: quantas guerras religiosas tivemos, pensemos na noite de São Bartolomeu (massacre desencadeado pelos católicos contra os protestantes franceses e que marcou o início, no século XVII, das guerras religiosas. Também fomos pecadores”, lembrou.
Francisco chegou esta quinta-feira às Filipinas, único país asiático de maioria católica, para uma visita de cinco dias, depois de uma deslocação ao Sri Lanka, de maioria budista.

PUB

PUB

PUB

To Top