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Economia

Inpharma vai duplicar exportações este ano

A empresa Inpharma, produtora de medicamentos, prevê duplicar a sua exportação até final de 2015, relativamente ao ano passado. Só nas exportações, o volume de negócios deverá atingir os 14 mil contos. Apesar da falta de regulamentação do sector existente nos países para onde exporta, os potenciais mercados externos continuam a ser Angola, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.
Criada em 1991, com o objectivo principal de produzir, comercializar e exportar medicamentos, artigos de higiene, cosméticos e outros produtos médico-farmacêuticos e hospitalares, o caminho das exportações da Inpharma remonta os anos 90, quando começou a exportar para os países africanos. Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, faziam parte do mercado externo da empresa, continuando apenas, neste momento, a exportar para São Tomé e Príncipe e Angola.
De acordo com o Presidente do Conselho de Administração (PCA), Luís Vasconcelos Lopes, o volume de vendas das exportações tem sido, de certa forma, irregular, devido a alguns constrangimentos nos mercados para onde exporta os seu produtos.
“No processo de exportação para países africanos, existem imensas barreiras técnicas associadas às leis e regulamentação em vigor, em cada país. A instabilidade política de alguns países tem condicionado as parcerias”, disse ao VALOR.
Outro grande constrangimento apontado é o facto do sector farmacêutico, em alguns desses países ser desestruturado e não legislado. “Muitos desses países têm uma grande presença de medicamentos contrafeitos” e há “ausência de qualquer tipo de controlo de qualidade”.
Contudo, Luís Vasconcelos Lopes avança que o volume de negócios para este ano deverá rondar os 14 mil contos, contrapondo os sete mil contos de exportações registados em 2013. Isso se as negociações em curso se concretizarem até Dezembro.
ÁFRICA UM MERCADO PROMISSOR
Apesar das dificuldades próprias do continente, aquele PCA não esconde que existe um enorme potencial em termos de dimensão do mercado para onde exportam. “Com excepção de São Tomé e Príncipe, que está dimensionado à nossa medida, temos exportado para Angola, país com potencial muito superior à nossa capacidade de produção instalada”.
No sentido de aproveitar ainda mais as oportunidades existentes, o nosso entrevistado revela que há negociações em carteira com a Guiné-Bissau e Guiné-Equatorial, que, pela dimensão desses mercados, poderão vir a representar uma fatia significativa do volume de negócios actual. Entretanto, devido a alguns constrangimentos, nomeadamente à conhecida instabilidade política em Bissau, os processos não têm avançado conforme estavam previstos.
Acreditação e certificação
Tendo a qualidade da saúde dos clientes como uma das preocupações prioritárias, a empresa tem vindo a investir no controlo e garantia da qualidade dos produtos disponibilizados no mercado. Por isso, em 2005 a Inpharma iniciou o processo de acreditação do seu laboratório de controlo de qualidade, processo esse que culminou com a respectiva acreditação em Outubro de 2008.
Desde então, a empresa passou a ter um reconhecimento internacional das suas competências técnicas, para além de um Sistema de Gestão de Qualidade, tornando-se, assim, no primeiro laboratório acreditado segundo esse referencial na sub-região oeste africana.
Já em 2010, foi a vez de concluir, também com sucesso, o Processo de Certificação de Qualidade no âmbito de “Prestação de Serviços de Compras, Logística e Distribuição de Produtos Farmacêuticos e relacionados”. Essa distinção faz da Inpharma uma empresa de referência na produção e comercialização de medicamentos na sub-região da CEDEAO.
De referir que a Inpharma é fruto duma parceria entre a Emprofac, empresa estatal cabo-verdiana e a Labesfal, empresa portuguesa com larga experiência na indústria farmacêutica. Actualmente, os laboratórios da Inpharma garantem emprego directo a 58 pessoas, e produzem e comercializam um total de 87 tipos de medicamentos e produtos farmacêuticos

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