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Política

PR da Guiné Equatorial confirma presença na cimeira da CPLP em Cabo Verde

O chefe de Estado da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, confirmou a sua participação na cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) a decorrer em julho, na ilha cabo-verdiana do Sal, foi hoje anunciado.
A confirmação da presença de Teodoro Obiang foi divulgada oficialmente pela Presidência da República de Cabo Verde, após um encontro, em Brasília, entre o vice-Presidente da Guiné Equatorial e filho do Presidente, ‘Teodorin’ Obiang, e o chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca.
“O encontro serviu para transmitir os cumprimentos do chefe de Estado da Guiné Equatorial ao chefe de Estado Cabo-verdiano e também confirmar a sua presença na conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP, que terá lugar na ilha do Sal nos dias 17 e 18 de julho”, informou a Presidência.
O vice-Presidente da Guiné Equatorial foi igualmente portador de uma mensagem para o chefe de Estado cabo-verdiano, cujo teor não foi divulgado.
A cimeira do Sal marca o arranque da presidência de Cabo Verde à frente da CPLP, que decorrerá sob o lema “Cultura, Pessoas, Oceanos” e deverá ter como uma das discussões políticas centrais a questão da circulação e mobilidade no espaço lusófono.
A Guiné Equatorial, antiga colónia espanhola, tornou-se membro de pleno direito da CPLP em julho de 2014, mediante um “roteiro de adesão” que incluía a divulgação do português como língua oficial e a abolição da pena de morte, medida que ainda não foi ratificada pelo Presidente equato-guineense.
Teodoro Obiang Nguema é o Presidente africano há mais anos no poder, desde 1979, e o seu governo é acusado por várias organizações da sociedade civil de constantes violações dos direitos humanos e perseguição a políticos da oposição.
Portugal fez já saber que “não aceita” que a Guiné Equatorial mantenha a pena de morte no seu ordenamento jurídico, mais de três anos após a adesão à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A aplicação prática do “roteiro de adesão” estará em avaliação durante a cimeira do Sal.
O encontro entre os dignitários da Guiné Equatorial e de Cabo Verde decorreu à margem do 8.º Fórum Mundial da Água, em Brasília.
Na sua intervenção, durante a sessão de abertura do evento, Jorge Carlos Fonseca abordou a importância da cooperação na gestão e uso eficiente da água, assinalando igualmente a luta de Cabo Verde para atenuar os efeitos da seca.
“A gestão e o uso e eficiente da água exigem cooperação, parceria e troca de experiências e de saber. Esses problemas não poderão ser resolvidos isoladamente”, defendeu.
“No passado, enfrentamos a fome e a morte em Cabo Verde por razões de seca e estiagem. Mas aprendemos a viver e a conviver com a seca em harmonia simbiótica que nos permitiu afastar a fome em Cabo Verde, apesar da influência episódica da estiagem hídrica. Passou a estiagem e ficamos de pé”, acrescentou.
Jorge Carlos Fonseca defendeu o acesso à água como um “direito de todo ser humano” que “não deve ser condicionado ao poder económico ou militar, nem ao poder do mercado”.
Lusa

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