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Política

Líder do Partido Popular volta a criticar política de segurança pública do Governo

O Partido Popular (PP, oposição)  voltou hoje a críticar a política de segurança pública do Governo e desafiou as autoridades governamentais a cumprirem o programa nesta matéria.
Em declarações à Inforpress, no final da reunião quinzenal do PP, o seu líder Amândio Barbosa disse que em relação a segurança pública no país há uma “imensa contradição” entre o que diz o programa do Governo e a acção governamental.
“O programa do governo do MpD dizia que a segurança pública deveria ter uma intervenção de emergência, combatendo a proliferação das armas e a criminalidade”, recordou Amândio Barbosa.
Tendo em consideração o programa, o líder do Partido Popular questionou como é que o Governo vai cumprir esta promessa, com “a intimidação e a retaliação” dos agentes policiais.
O líder do PP chamou a atenção para o caso da destituição do comandante da Polícia Nacional (PN) na ilha do Sal, Elias Silva, por este ter criticado publicamente a lei cabo-verdiana em vigor, dizendo que a mesma “é amiga das armas”.
Segundo Amândio Barbosa a suspensão do comandante da PN na ilha do Sal, a greve da PN, a retaliação dos agentes policiais por parte do puder político são aspectos que “desmotivam os policiais” no desempenho da sua actividade profissional.
“Vamos apelar à comunidade internacional no sentido de ter em linha de conta a acção governamental no que diz respeito aos direitos dos cidadãos”, disse o presidente do PP.
Durante o encontro, o PP manifestou igualmente preocupação sobre o arquivamento, por parte da Procuradoria-geral da República, do processo de averiguação no âmbito do alegado favorecimento do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, ao grupo Tecnicil,
“Ficamos um pouco consternados com essa situação. Por isso defendemos a alteração do diploma sobre crimes de responsabilidade dos titulares dos cargos políticos. Defendemos a alteração porque é uma lei vaga que não dá sequência aos trabalhos de investigação”, afirmou Amândio Barbosa.
“Não estamos a pôr em causa a Justiça em si, mas sim essa lei. Achamos que esta lei tem que ser revista para combater a criminalidade de colarinho branco. Tudo o que é antiético e viola os princípios da transparência na política devia ser considerado crime, em nome da boa governação da coisa pública”, sublinhou o líder do PP.
Os membros da direcção nacional do Partido Popular abordaram ainda a questão da implementação da disciplina Educação Moral e Religiosa nas escolas públicas em 2019 por parte da Igreja Católica, que considerou “uma boa opção”.
Amândio Barbosa diz que o PP “aplaude” esta iniciativa “desde que seja livre também para as outras confecções religiosas”, no país.
“Sendo certo que Cabo Verde é um Estado laico, a introdução desta disciplina nas escolas vai resgatar os valores perdidos como a educação e o comportamento cívico”, salientou o líder do Partido Popular, durante o balanço à imprensa da reunião quinzenal.
Inforpress

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