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Portugal: Governante encoraja cientistas a serem mais interventivos na política

Os cientistas precisam de ser mais activos para influenciarem as políticas públicas relacionadas com a investigação e educação, exorta o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, num evento na universidade britânica de Lancaster.
“Os cientistas em geral não são muito interventivos, vivem no seu mundo, apesar de terem conhecimento e competências”, afirmou – citado pela Lusa -, durante o debate de abertura do Luso, o encontro dos estudantes e investigadores portugueses no Reino Unido.
Brandão Rodrigues, que é formado em bioquímica e foi investigador nos Estados Unidos da América, Espanha e na cidade britânica de Cambridge, admitiu que a maioria dos cientistas podia, mas não é activa cívica e politicamente.
O ministro avisou que “se os cientistas não participarem, outros vão fazê-lo. Se não falarem, outros podem falar na vez deles e muitos são populistas que oferecem soluções imediatas e ilusórias que as pessoas gostam”.
Mike Galsworthy, co-fundador do movimento “Cientistas pela União Eiuropeia”, criado depois do referendo que votou pelo Brexit, em Junho de 2016, vincou que “a comunicação de ciência é mais do que falar das estrelas no céu”.
Além de investigador na London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM), Galsworthy tem feito trabalho como consultor independente em política de investigação e inovação, em particular sobre as relações entre o Reino Unido e a União Europeia.
A criação do movimento surgiu após surgirem sinais que o resultado do referendo, mesmo antes de o “Brexit” ser uma realidade, perturbou colaborações científicas, congelou trabalhos e investimento, levou pessoas a recusarem posições no Reino Unido e causou ansiedade com o sentimento de xenofobia.
Desde então, a pressão colocada através da comunicação social e redes sociais permitiu sensibilizar os cidadãos para a questão e confrontar políticos.
A Universidade de Lancaster, onde se realiza o evento este ano, possui cerca de 14 mil estudantes, dos quais uma centena são portugueses, frequentando licenciaturas, mestrados e doutoramentos.
Na segunda-feira, 18, uma delegação da universidade parte para Lisboa (Portugal), onde vai assinar um memorando de entendimento com a Universidade Nova, o qual vai juntar a parcerias já existentes com países como Malásia, Gana e China.
Em 1986, distinguiu com um doutoramento “Honoris Causa” o então recém-eleito Presidente da República, Mário Soares, o primeiro Chefe de Estado estrangeiro a visitar Lancaster.

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