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Espanha: Carles Puidgemont regressa à Bélgica neste fim de semana

O ex-presidente do Governo catalão, Carles Puigdemont, regressa à Bélgica, este fim de semana, para continuar a lutar pela independência da Catalunha, depois de a Justiça espanhola ter renunciado a pedir a sua extradição.

“Este fim de semana vou regressar à Bélgica”, disse o líder independentista numa conferência de imprensa, acrescentando que a sua actividade política se fará a partir desse país.

Na mesma intervenção, Puigdemont indicou que os deputados do seu Partido Democrático Europeu Catalãoc com assento no parlamento de Madrid, manterão o seu apoio ao Governo socialista, liderado por Pedro Sánchez, sempre que o Executivo espanhol “corresponda”.

“O senhor Sánchez teve o apoio do nosso grupo parlamentar para ser eleito e o que é normal é que alguém que receba os votos corresponda. Enquanto isso for assim, não vejo nenhum sentido para mudar a intenção de voto”, declarou Puigdemont.

O Tribunal Supremo espanhol decidiu, na semana passada, cancelar o mandado europeu de detenção do ex-presidente do Governo catalão, Carles Puigdemont, recusando-se a julgar o independentista em fuga apenas pelo alegado delito de peculato e não pelo de rebelião.

O cancelamento do mandado europeu de detenção significa que Puigdemont vai continuar em liberdade, mas não poderá regressar durante 20 anos a Espanha, onde seria imediatamente detido para responder pelo crime de rebelião, que só prescreve passado este período.

O crime de rebelião pode levar, em Espanha, a uma pena máxima de 30 anos de prisão, enquanto o de peculato é punido com 12 anos.

Puigdemont fugiu de Espanha depois de Madrid ter decidido, em 27 de Outubro de 2017, intervir na Catalunha, na sequência da tentativa de secessão.

O ex-presidente do executivo catalão fugiu, inicialmente, para a Bélgica, mas foi detido, este ano, pela Polícia alemã, quando regressava de carro de uma conferência em que participou na Finlândia.

Pedro Sánchez tornou-se primeiro-ministro depois de o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) ter aprovado no Parlamento, em 1 de Junho último, uma Moção de Censura contra o Executivo do Partido Popular (direita) com o apoio do Unidos Podemos (extrema-esquerda) e uma série de partidos mais pequenos, entre eles os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.

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