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Reino Unido: PM reafirma na Irlanda do Norte compromisso com fronteira aberta

A primeira-ministra (PM) britânica, Theresa May,  vai fazer um discurso sobre o “Brexit” na Irlanda do Norte, nesta terça-feira, 5, para renovar o compromisso de manter uma fronteira aberta entre a região britânica e a vizinha República da Irlanda.

Theresa May vai também encontrar-se com empresários locais, uma iniciativa dada a conhecer no mesmo dia em que começam na Residência ficial da PM, em “Downing Street”, negociações para renegociar com Bruxelas uma nova solução que evite uma fronteira física com a vizinha europeia Irlanda.

O chamado Grupo de Trabalho de Disposições Alternativas, junta deputados eurocépticos e deputados opositores ao “Brexit” numa tentativa de encontrar um consenso para a solução de salvaguarda, a chamada “Backstop”, que facilite a aprovação de um Acordo de saída no Parlamento britânico.

Actualmente, esta solução prevista para ser activada apenas no caso de não estar concluído um novo Acordo Comercial após o período de transição, no final de 2020, determina que o Reino Unido se mantenha na União Aduaneira Europeia e que a Irlanda do Norte fique sujeita a certas regras do Mercado Único.

A fronteira aberta para a livre circulação de pessoas, bens e serviços é um compromisso assumido nos acordos de paz para o território assinados em 1998 pelos governos britânico e irlandês, no âmbito da União Europeia.

O ministro para o “Brexit”, Stephen Barclay, vai conduzir as reuniões, que vão repetir-se nos próximos dias e que são uma consequência do voto, na semana passada, no Parlamento, de uma proposta em que uma maioria de deputados assumiu o compromisso de aprovar um Acordo de Saída se o governo negociar com a UE uma solução alternativa.

O Acordo negociado com Bruxelas foi rejeitado em 15 de Janeiro, por uma margem de 230 votos, incluindo 118 de conservadores e dez deputados do Partido Democrático Unionista (DUP), enquanto que a proposta de Graham Brady foi aprovada por margem de 16 votos.

A reduzida maioria parlamentar e a existência de “rebeldes” no Partido mostram que Theresa May precisa do apoio de ambas as facções do Grupo Parlamentar do Partido do Governo e também do DUP para conseguir aprovar um Acordo que garanta uma saída ordenada a 29 de Março.

Num artigo publicado no domingo, 3, pelo jornal “Sunday Telegraph”, Theresa May diz que pretende voltar a Bruxelas “com um novo mandato, novas ideias e uma renovada determinação para encontrar uma solução pragmática”.

Porém, vários dirigentes europeus têm insistido que a UE não está disponível para renegociar o texto que foi concluído em Novembro, incluindo o ministro dos Negócios Estrangeiros irlandês, Simon Coveney, que escreveu num artigo publicado no “Sunday Times”, que a cláusula de salvaguarda “é necessária”.

May reiterou, também, o empenho de concretizar o “Brexit” dentro do prazo previsto, a 29 de Março, mas a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, avisou que o Reino Unido “não está nem remotamente preparado”,  pelo que defende um adiamento da data.

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