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Política

UCID denuncia “alto preço” do combustível praticado no aeroporto de São Vicente “mais do dobro”

O presidente da UCID pediu ao Governo para esclarecer os motivos pelos quais o preço do combustível para aviões (JET A1) no aeroporto de São Vicente é “mais do dobro” do praticado em outros aeroportos internacionais do país.

António Monteiro, na qualidade de deputado eleito pelo círculo eleitoral de São Vicente, que visitou de 04 a 10 do corrente, concretizou que, enquanto no aeroporto de São Vicente o galão de JET A1 “é vendido a 5,98 dólares”, nos aeroportos internacionais do Sal, Boa Vista e Santiago pela mesma quantidade “paga-se 2,87 dólares”.

“Este é um assunto que o Governo deve esclarecer, pois caso contrário é motivo para pensarmos que estará a travar o desenvolvimento e a economia da ilha”, referiu a mesma fonte, que questionou se haverá uma “vontade deliberada” de dificultar o funcionamento normal do aeroporto de São Vicente.

O líder da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID, oposição) acusou ainda o Governo de “excesso de sigilo” em casos de negócios do Estado, tendo nomeado os casos da concessão das linhas marítimas inter-ilhas e da companhia aérea Binter.

A problemática da habitação na ilha de São Vicente foi outra questão abordada na conferência de imprensa, tendo Monteiro afirmado que a qualidade das casas na ilha “em muitas zonas deixa ainda muito a desejar”, com tectos de “má qualidade”, ajuntou, a “colocar em risco” a saúde física das pessoas.

Reconhecendo, embora, a validade do programa PRAA, a UCID considera que é necessário “fazer muito mais” tendo em conta as “grandes necessidades” da ilha e a “incapacidade financeira” da câmara para “responder satisfatoriamente e em tempo útil” às necessidades das populações na aérea da habitação.

Nesta temática, o presidente da UCID revelou ainda preocupação com o conjunto habitações do projecto Casa para Todos (classe A) que o Governo transferiu para a câmara municipal, por se “desconhecer qualquer informação” sobre o que a autarquia pretende fazer para a entrega dessas habitações às pessoas que “realmente” delas necessitam.

A UCID espera, por isso, afirmou a mesma fonte, que os critérios de selecção sejam “os mais transparentes possíveis” para se evitar “cair no erro” de dar habitação a quem já a tenha “em troca de favorecimentos políticos”.

“A UCID apela à câmara e ao Governo para que os critérios de selecção sejam amplamente divulgados e que as casas sejam distribuídas o mais rapidamente possível para não se ter a possibilidade de usá-las como moeda de troca em altura das eleições, que vão decorrer em 2020 e 2021”, apelou o líder partidário da oposição.

A agricultura que é praticada na zona de Tchã de Holanda, na Ribeira de Vinhas, cujos agricultores e criadores pedem investimentos na estrada de acesso ao local e meios para exportar os seus produtos para os mercados turísticos da Boa Vista e do Sal, e a questão do desemprego na ilha foram outras questões abordadas pelo deputado da UCID.

António Monteiro, nesta questão do desemprego, lembrou que São Vicente “não tem tido grandes projectos” para consumir o excesso de mão-de-obra originado pelo desemprego, pelo que deixou um desafio às autoridades local e nacional para encontrarem formas de financiamento e investimentos estrangeiros ou nacionais, em direcção a “grande projectos” para ilhas capazes de absorver a mão-de-obra existente.

Estas e outras questões serão levadas ao parlamento pelos três deputados da UCID, na sessão que principia esta quarta-feira, na Cidade da Praia, segundo António Monteiro.

Fonte: Inforpress

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