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África do Sul: Decisão sobre extradição de Chang para os EUA adiada para 8 de Abril

O Tribunal sul-africano de Kempton Park, arredores de Joanesburgo, adiou para 8 de Abril a decisão sobre a extradição para os Estados Unidos da América (EUA) do ex-ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang.

A decisão foi tomada, quarta-feira, 26, pelo juiz William Schutte que, no entanto, não avançou as razões do adiamento.

Fonte do Ministério Publico sul-africano disse à agência Lusa, que a decisão vai depois ser comunicada ao ministro da Justiça.

Segundo a mesma fonte, o ministro da Justiça só tomará uma decisão depois de receber também a decisão do Tribunal sobre o outro pedido de extradição feito por Moçambique.

O pedido das autoridades moçambicanas dará entrada no Tribunal logo a seguir ao dia 8 de Abril ou no mesmo dia se assim decidir o juiz, adiantou a fonte à Lusa.

O mesmo juiz decidiu dar continuidade à audição sobre o pedido dos EUA para a extradição de Chang, quando a defesa pedia uma decisão política.

Em declarações aos jornalistas, o adido de Segurança da Embaixada de Moçambique em Pretória, Abel Nuro, confirmou que o pedido de Moçambique só será analisado depois do dos EUA.

Sobre o apoio que está a ser prestado a Chang pelas autoridades moçambicanas, o responsável referiu que é “tudo aquilo que é necessário”.

Questionado sobre as visitas ao estabelecimento prisional onde Manuel Chang se encontra detido desde 29 de Dezembro de 2018, Abel Nuro referiu que a representação diplomática moçambicana na África do Sul está “a criar condições juntamente com os próprios advogados para que isso possa acontecer”.

O deputado e antigo ministro das Finanças Manuel Chang encontra-se detido na África do Sul desde 29 de Dezembro de 2018, à luz de um Mandado Internacional emitido pela Justiça dos EUA, que pede a sua extradição, no âmbito da sua investigação às dívidas ocultas em Moçambique.

Chang foi vice-ministro do Plano e Finanças entre 2000 e 2004, no Executivo de Joaquim Chissano e ministro das Finanças nos dez anos do Governo de Armando Emílio Guebuza, entre 2005 e 2015.

De acordo com a acusação norte-americana, Manuel Chang recebeu, alegadamente, milhões de dólares em subornos em troca de dívidas secretamente contraídas pelo Estado moçambicano, sem o conhecimento do Parlamento, entre 2013 e 2014, de mais de dois mil milhões de dólares a favor de três empresas públicas (Ematum, Proindicus e MAM), criadas para o efeito em Moçambique.

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