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Guiné-Bissau: Moçambique deverá liderar Missão de Observadores da CPLP às Presidenciais

Moçambique foi o País convidado para chefiar a Missão de Observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para as Eleições Presidenciais na Guiné-Bissau, revelou hoje, 19, à Lusa, o embaixador moçambicano em Lisboa, Joaquim Bule.
Em declarações à Lusa à saída da Reunião do Comité de Concertação Permanente da CPLP, que decorreu, esta quinta-feira, hoje na Sede da Organização, em Lisboa (Portugal), Joaquim Bule disse que “Moçambique foi consultado” para presidir à Missão.
Agora, “isso passa por um processo de ponderação ao nível da Sede e não é a Embaixada que tomará a decisão”.
Por enquanto, assegurou que ainda não há nenhuma decisão tomada nem indicação do Governo de Moçambique sobre a pessoa escolhida para assumir a liderança da Missão.
Porém, referiu que aquela “será tomada em tempo útil, para a constituição da Missão de Observação e para a organização de todo o trabalho que tem de realizar na Guiné-Bissau”.
“Nesta Reunião recebemos informação exaustiva sobre a visita que foi efectuada pela Presidência do Conselho de Ministros e Secretariado Executivo da CPLP à Guiné-Bissau”, acrescentou o diplomata.
Considerando que a nível da CPLP o trabalho é feito em concertação e consultas permanentes entre os Estados-Membros, adiantou que “havendo interesse em que Moçambique possa integrar a Missão de Observação Eleitoral da CPLP para a Guiné-Bissau na qualidade de Presidente da mesma”, o seu País “vai ponderar e tomar a melhor decisão, certamente”.
A Missão de Observadores deverá ser composta por 13 elementos, embora não esteja definido o número exacto por ainda se estarem a aguardar respostas aos convites, explicou fonte do Secretariado Executivo da CPLP.
O chefe da Diplomacia de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, País que tem, actualmente, a Presidência rotativa da CPLP já tinha dito, a 13 de Setembro, durante a sua deslocação à Guiné-Bissau, que aquela Organização iria enviar observadores eleitorais para acompanhar as Eleições Presidenciais naquele País Lusófono da África Ocidental.
“A convite do Governo da Guiné-Bissau, vamos enviar uma delegação de observadores eleitorais para as Eleições Presidenciais de 24 de Novembro”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, depois de um encontro com o Presidente bissau-guineense, José Mário Vaz, durante a sua recente deslocação àquele País.
Luís Filipe Tavares fez este mês uma visita de dois dias a Bissau, acompanhado pelo secretário-executivo da CPLP, o embaixador português Francisco Ribeiro Telles.
Nas declarações aos jornalistas na Presidência guineense, o ministro de Cabo Verde salientou, também, que a CPLP quer ajudar a Guiné-Bissau no processo eleitoral para que as Eleições possam decorrer num clima de paz e tranquilidade.
“A Guiné-Bissau recebeu há poucos dias uma visita da CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), foi objecto de discussão no Conselho de Segurança da ONU há poucos dias e toda a comunidade nacional está expectante para que as Eleições Presidenciais possam decorrer da melhor forma, num clima de estabilidade e de paz”, afirmou.
“A Guiné-Bissau é um grande País, tem um grande povo, trabalhador, e Cabo Verde e a CPLP estão aqui para transmitir esta solidariedade e apoio ao processo eleitoral e sobretudo à paz, para que a Guiné possa retomar os caminhos do desenvolvimento”, acrescentou.
Questionado pela Lusa sobre se a CPLP pensa reforçar a sua presença em Bissau com a abertura de uma Missão Permanente, o chefe da Diplomacia cabo-verdiana respondeu que é uma questão que está em cima da mesa.
Integram a CPLP, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

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