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França tem 7° dia de Mobilização Nacional contra Reforma da Previdência nesta sexta

Os franceses preparam-se para uma sexta-feira, 24, de novas dificuldades no Sector de Transportes. Cinco centrais sindicais (CGT, FO, Solidaires, FSU, CFE-CGC) convocaram o sétimo dia de Mobilização Nacional para exigir a retirada do Projecto de Reforma da Previdência defendido pelo presidente Emmanuel Macron. Entre alguns grevistas, a atmosfera é deletéria: dois ministros receberam cartas com ameaças de morte.

No 51º dia da Greve contra a Proposta do Governo, os militantes anti-Reforma prometem manifestações em todo o País e “acções espectaculares”.

Os líderes sindicais à frente desta Mobilização inter-profissional acreditam que, ainda, têm a opinião pública do seu lado. Segundo uma pesquisa publicada na quarta-feira, 21, 61 por cento (%) dos franceses defendem que o Presidente da República deveria suspender a Reforma. A sondagem foi realizada pelo instituto Elabe, para o canal BFMTV.

Após quase dois meses de paralisação de metroviários e ferroviários, e um Governo firme no propósito de aprovar a Reforma, alguns episódios revelam uma certa radicalização.

Nesta semana, dois ministros – Gérald Darmanian (Contas Públicas) e Bruno Le Maire (Economia) – receberam cartas com ameaças de morte. As correspondências, enviadas por desconhecidos, tinham cartuchos de bala nos envelopes e bilhetes com a seguinte advertência: “Ou você convence Macron que já chega, que ele deve retirar sua Reforma, ou será o massacre”.

O Ministério Público abriu uma investigação para identificar os autores das ameaças.

Os actos públicos desta semana começaram no fim da tarde desta quinta-feira, 23, com passeatas programadas em 150 cidades francesas. Para prevenir incidentes, em Lille (no Norte), as autoridades da Área de Segurança proibiram a utilização de fogos de artifício e rojões nos cortejos.

Em Paris (a Cidade-Capital), uma grande Manifestação sai, esta manhã, da Praça da República em direcção à Praça da Concórdia, onde deve terminar por volta das 19 horas (pelo horário local).

A Companhia de Metro parisiense (a RATP) diz que o tráfego será normal nas linhas 1, 7bis e 14, enquanto nas demais a circulação estará bastante perturbada.

Nos últimos dias, as acções mais contundentes foram lideradas pelos advogados, que possuem sua própria Caixa de Aposentadoria e não querem ser integrados no Regime Único, por pontos, defendido pelo GovernoPrometem realizar vários protestos nos tribunais. Em Lyon (sudeste), um grupo de advogados entregou nesta quinta centenas de pedidos de soltura de presos para protestar contra a reforma da Previdência.

Os professores são outra categoria fortemente mobilizada. Os sindicatos SNES-FSU pedem um dia de escolas e universidades fechadas. Em alguns Campus, como o da Universidade de Nanterre, na Região parisiense, os professores programaram uma greve, a partir deste sábado, 26, até o final da semana que vem.

 

Com: RFI

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