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Covid-19

COVID-19: 5 mil contos previstos para Plano de Salvaguarda da Morna serão canalizados para outras prioridades

Os cinco mil contos disponibilizados pelo Governo para a implementação do Plano de Salvaguarda da Morna vão ser canalizados para outras prioridades.

A garantia é do presidente Instituto do Património Cultural, Jair Fernandes.

“Tínhamos previsto para este ano um montante de cinco mil contos para executar o plano de salvaguarda, mas, naturalmente, que esse montante vai ser cativado e canalizado para outras prioridades”, explicou citado pela Inforpress.

É que depois da morna ter sido classificada como Património Cultural e Imaterial da Humanidade, no dia 11 de Dezembro de 2019, o próximo passo seria a materialização do seu plano de salvaguarda, o que já não irá acontecer, pelo menos de imediato, como estava previsto.

Segundo a mesma fonte, face à pandemia do novo coronavírus, o Governo vai apresentar um orçamento rectificativo e segundo Jair Fernandes as prioridades serão outras.

O montante em questão deveria ser utilizado para o lançamento de três bolsas de investigação sobre a morna, para atribuição de prémios aos alunos através de concurso sobre morna, e ainda deveria ser aplicado no edital de apresentação de originais, visando a publicação de dois livros de natureza técnico-científica e cultural, incidindo sobre a temática da morna.

De acordo com o mesmo, o reagendamento deste projecto concreto da morna, passa pela elaboração e execução de projectos cujos custos são menores, por exemplo, realização de palestras, trabalhos de cariz didáctico/pedagógico com escola, na comunidade e com os detentores da morna.

Jair Fernandes informou que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) solicitou-os que realizassem um levantamento do impacto dessa situação a nível dos patrimónios mundiais, nomeadamente a Cidade Velha e a morna.

“Já enviamos e depois vai ser avaliado e creio que no mês de Junho ou Julho poderemos ter a partir dessa nova planificação algum suporte técnico da parte da Unesco porque a nível financeiro essa situação é de impacto económico brutal e a Unesco não vai se comprometer com financiamento de projectos”, reconheceu.

Neste momento, informou, a Unesco é obrigada a recuar a sua estratégia, ou seja, em vez de logo após a classificação enviarem uma equipa para acompanhar o processo da morna vão ter de adiar este acompanhamento.

C/ Inforpress

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