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Reviravolta nos EUA: Trump aceita passar o Poder a Biden

“Mesmo contrariado”, o ainda Presidente Norte-americano, Donald Trump,  promete “transição ordeira a 20 de Janeiro”.

 Donald Trump admitiu – de acordo com o portal pt.euronews.com -, “mesmo contrariado”, que não tem condições para continuar a contestar a vitória de Joe Biden, nas Presidenciais Norte-americanas de 3 de Novembro, e promete uma transição pacífica até à tomada de posse do novo Presidente, no dia 20 de Janeiro.

As duas câmaras do Congresso Norte-americano validaram a Eleição de Joe Biden como próximo Presidente dos Estados Unidos da América – EUA.

Depois da violência, os congressistas voltaram aos trabalhos e a validação final aconteceu, depois de ultrapassadas as objecções colocadas por congressistas da Pensilvânia e do Arizona.

Numa cerimónia dirigida pelo vice Mike Pence, Biden obteve 306 votos dos grandes eleitores, contra 232 do cessante Donald Trump.

Quase todos aqueles que planeavam colocar obstáculos à confirmação de Biden, incluindo a recém-derrotada senadora Republicana da Geórgia, Kelly Loeffler, voltaram atrás depois dos incidentes no Capitólio.

O  vice-presidente Mike Pence prestou homenagem à Polícia, na ocasião. “Aos homens e mulheres que defenderam este Edifício Histórico, o nosso reconhecimento”, provando que “a violência nunca vence”.

Por sua vez, Mitch McConnell, líder da maioria Republicana no Senado, disse que “o País enfrentou ameaças muito maiores do que aquela multidão. A Democracia Norte-americana nunca foi abalada e não é, agora, que o vai ser. Tentaram lançar o caos na Democracia, mas não conseguiram”.

Já o líder da minoria Democrata, Chuck Schumer, foi bastante mais incisivo para com Trump. “Isto não aconteceu espontaneamente. Foi o Presidente quem promoveu teorias de conspiração, motivou e exortou estes desordeiros a virem para a Capital. Quase nunca desencoraja a violência e o mais comum é mesmo encorajá-la. Por isso, tem uma boa parte da culpa”, avalia Schumer.

Já Kelly Loeffler, senadora Republicana da Geórgia, que acaba de perder a reeleição, foi um dos senadores a voltar atrás com a decisão de colocar objecções à certificação dos resultados. Na ocasião disse que, “depois do que aconteceu, nunca o poderia fazer de boa consciência”.

Habitualmente, a certificação dos resultados eleitorais é uma mera formalidade.

Os EUA viveram, na noite de quarta para quinta-feira, 7, um episódio inédito, com a invasão do Capitólio,  por parte de uma multidão de apoiantes do ainda Presidente, Donald Trump, enquanto lá dentro decorria a contagem e validação dos votos do Colégio Eleitoral.

Os distúrbios fizeram, pelo menos, quatro mortos e 14 policiais feridos, sendo dois em estado grave – reporta a Polícia de Washington.

Só ao cair da noite, a Guarda Nacional e as unidades anti-motim das polícias estaduais do Maryland e da Virgínia chegaram ao local, para repôr a ordem.

No início da tarde, pela hora norte-americana, os poucos polícias presentes, da Unidade Policial própria do Capitólio, não conseguiram travar os milhares de pessoas, algumas delas armadas, que forçaram a entrada no Edifício, que alberga as duas câmaras do Congresso. Seguiram-se cenas difíceis de imaginar, naquela que já foi vista como a Democracia de referência no Mundo.

As salas de Plenário, corredores e gabinetes foram tomados de assalto pelos pró-Trump. Para o Presidente eleito, Joe Biden, não há dúvidas: A culpa do que aconteceu é do Presidente em exercício e foi ele que incitou todas estas pessoas a saírem à rua.

“As palavras de um Presidente contam. Não importa se é um bom ou um mau Presidente. No melhor, podem inspirar. No pior, podem incitar”, sentenciou Biden.

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