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Política

13 de Janeiro: Líndsay Reis – Infelizmente, o medo continua

Filha de pais professores, nascida e residente em São Vicente, Líndsay Reis nasceu a 2 de Janeiro de 1991. Considera-se por isso, membro de pleno direito, da geração que viveu em democracia e liberdade.

Hoje, aos trinta anos, depois de concluir o ensino secundário, Líndsay Reis conseguiu formar-se em dois cursos superiores. Um em Economia – Moedas e Finanças no Senegal – e outro em Gestão e Administração, na França, onde posteriormente concluiu também o mestrado em Economia das Organizações e Governação, com especialidade em gestão das organizações na economia digital.

Actualmente trabalha como comercial em uma empresa e é uma das sócio-gerentes de uma outra empresa de venda online. Infelizmente, em Outubro de 2020, Líndsay passou por uma das maiores provações da vida: perdeu a mãe, uma dor que ainda está a sarar.

Ao completar a mesma idade em que Cabo Verde celebra os trinta anos da conquista da liberdade e democracia, Líndsay Reis enaltece esses dois importantes elementos para a vida de qualquer país e povo. Porém, existe o outro lado da moeda, o sentido “cá dentro”, como diz.

“Infelizmente, ainda não nos conseguimos livrar da cultura do medo e da conotação política”, que, como diz, acabam por condicionar a liberdade geral. “Há o receio de represálias, o que acaba por afectar, às vezes, mesmo que indiretamente, a nossa vida profissional. São factores desmotivam, em muito, os jovens a terem uma participação cívica mais activa”, lamenta.

(Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 698, de 14 de Janeiro de 2021)

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