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Fuga de patrão da Renault-Nissan: Japão acusa americanos de cumplicidade

Procuradores japoneses acusaram dois norte-americanos de terem ajudado o antigo patrão da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, a fugir para o Líbano, em Dezembro de 2019, quando enfrentava acusações de irregularidades financeiras.

“A Unidade Especial de Investigação [da Procuradoria de Tóquio] pediu ao Tribunal Distrital de Tóquio, a realização de um julgamento para ambos os arguidos” em relação às acusações, disseram os procuradores numa declaração, a que jn.pt teve acesso.

Um antigo agente das Forças Especiais dos Estados Unidos da América (EUA),  Michael Taylor, actualmente na actividade de Segurança Privada, e o filho Peter foram extraditados dos EUA, no início deste mês, depois de esgotados todos os recursos possíveis.

Os dois foram levados para o Centro de Detenção de Kosuge, Em Tóquio (a Capital do Japão), onde Ghosn esteve detido, durante 130 dias, entre Novembro de 2018 e Abril de 2019.

Michael e Peter foram detidos em Maio, pela Justiça Norte-Americana, ao abrigo de um Mandado de Captura japonês. Considerados detidos com “alto risco de fuga”, os dois permaneceram sob custódia dos EUA.

Em 2019, na manhã de 31 de Dezembro, o Japão descobriu, “com espanto”, que um dos seus mais famosos indiciados tinha fugido para o Líbano.

Dois dias antes, ainda sob fiança e à espera de julgamento por alegado delito financeiro na Nissan, o franco-libanês-brasileiro tinha deixado, tranquilamente, a sua casa, em Tóquio para Osaka (Oeste), de comboio, com dois cúmplices.

Suspeita-se que tenha escapado ao controlo, no Aeroporto Internacional de Kansai, nos arredores de Osaka, por estar escondido numa grande caixa de equipamento áudio, a bordo de um jacto privado. Na altura, as autoridades japonesas não obrigavam ao controlo de bagagens neste tipo de aparelhos.

Ghosn chegou a Beirute, em 30 de Dezembro, após uma ligação em Istambul (na Turquia).

Num documento dos procuradores Norte-Americanos é referida “uma das fugas mais descaradas e bem orquestradas da história recente”.

O magnata automóvel deposto, alvo de um Mandado de Detenção da Interpol, está fora do alcance da Justiça japonesa, porque, o Líbano não extradita cidadãos. No entanto, a magistratura libanesa proibiu Ghosn de sair do País.

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