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Política

Vox-populi: Há compra de votos em Cabo Verde?

No dia 17 de outubro, os cabo-verdianos vão às urnas para escolher o próximo Presidente da República. O canal Youtube do A NAÇÃO saiu à rua para saber o que os cabo-verdianos pensam sobre a compra de votos em Cabo Verde, um acto ilícito, que é crime. Há compra de votos em Cabo Verde? Já foi abordado para vender o seu voto? Venderia o seu voto? – estas foram algumas das questões colocadas. O nosso site deixa-lhe aqui algumas das reacções da população, que admite o acto, mas condena.

O voto direto configura-se como um dos maiores ganhos do novo contexto político-constitucional nestas ilhas, conferindo a todos os cidadãos, maiores de 18 anos, o direito de escolher  os seus representantes, quer a nível do Parlamento, das autarquias e da Presidência da República. Uma rotina eleitoral saudável, de três décadas, muito elogiada pela Comunidade Internacional, porém não imune de críticas.

É que a compra de votos tem sido uma preocupação, a cada acto eleitoral e as acusações, que são múltiplas, vão desde a apreensão do bilhete de identidade a troco de dinheiro para impedir o exercício de voto, doação de materiais de construção diversos, como verguinhas, cimentos e areia, promessas de emprego e formação e até isenção  de pagamento de determinadas taxas.

Confira, em baixo, o que pensam os cabo-verdianos sobre esta prática, com base nas seguintes perguntas: Há compra de votos em Cabo Verde? Já foi abordado para vender o seu voto? Venderia o seu voto?

Lúcia Gonçalves, Praia

“Dizem que existe. Eu não posso confirmar, pois nunca vendi. É algo que pode ser feito através da compra de documentos. Mas eu não venderia. Nunca. O voto é a consciência de cada pessoa”.

 

 

Dericks Monteiro, Tarrafal

“De facto, existe essa forma de corrupção. Apesar de várias tentativas de combate, é difícil de erradicar. A maioria acontece nas vésperas das eleições, no período entre as 22h da noite até as 2h da madrugada. Eu vendi o meu voto, por 10 mil escudos, nas autárquicas passadas, em Tarrafal de Santiago. Foi uma proposta razoável, estava a precisar do dinheiro e vendi”.

Jair Rocha, São Vicente

“Existe. Sempre existiu e vai continuar a existir. É claro que é feito debaixo do pano. Não é algo feito abertamente, mas já assisti à compra de votos com colegas meus. Eu não venderia meu voto”.

 

 

Deuteronômio Silva, Fogo

“Se existe eu não sei. Apesar de nunca ter enfrentado a situação, penso que quem compra anda de porta em porta, claro, de forma disfarçada.”

 

 

 

Lenise Carvalho, Praia

“Acho que não. Se existisse alguém já me teria proposto venda, já que estou todos os dias aqui no mercado do Platô. Eu não venderia o meu voto porque acho que é um dever cívico de todos os cidadãos.”

 

 

Bruno Barros, Praia

“Ouço, desde criança, acusações de compra de votos entre partidos. Mas não tenho a certeza. Pode ser através de dinheiro e trocas de outras necessidades”.

 

 

Belmiro Gomes, Praia

“Hoje em dia o voto não é mais limpo. Os partidos oferecem dinheiro, ferro, entre outras coisas. Também há compra de documentos, como o bilhete de identidade. Eu não vendo o meu voto a ninguém. Voto para o meu partido”.

 

Jaqueline Tavares, Praia

“Eu não vendo o meu voto porque penso, não só em mim, mas no meu povo e no futuro do meu país.”

 

 

 

Confira a reportagem na integra no nosso canal youtube: https://www.youtube.com/watch?v=vy-s_C58EoQ&t=215s

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