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Cultura

Bailarina Teresa Fabião quer trazer projecto “Imune” para Cabo Verde

Diagnosticada com HIV há 10 anos, a bailarina Teresa Fabião conseguiu superar o vírus através da arte. Hoje leva para o palco, a dança como consciência corporal e de expressão através da performance UNA, que teve estreia mundial no festival Mindelact, em São Vicente.  Inclusive quer trazer agora para Cabo Verde, o projeto IMUNE que aposta numa união de forças entre a arte, saúde e educação.

 Teresa Fabião deposita na performance UNA toda a vivência dos 10 anos com HIV. Traduz-se numa performance sobre o visível e sobre o tornar-se visível. A UNA explora processos de transformação movidos pela coexistência com o vírus do HIV, a partir de uma dramaturgia com base em metáforas e estados corporais.

Neste espetáculo, a dança, o som, os vídeos, o figurino e a iluminação são atores com quem a bailarina se relaciona e conta histórias de resiliência de outros corpos HIV +, através de entrevistas que fez, desde 2015, a quem vive com o vírus. 

É a primeira vez que este tema é levado aos palcos por uma mulher artista portuguesa e que estreou no festival Mindelact, em São Vicente. 

“Para mim a arte, particularmente a onde estou, foi um recurso enorme. Eu tive de ir usando tanto as ferramentas ligadas à saúde a ao autocuidado que a dança  e a consciência corporal vem trazendo, como depois entender que eu podia levar isto para a criação e para o palco e ressignificar alguns momentos difíceis e trazer alguns insides”, aponta Teresa Fabião.

Para a artista, ativista e investigadora, a arte é uma forma de expressão e comunicação, e faz do seu uso como ressignificação e um ato político no sentido de pressionar o governo sobre a visibilidade, representatividade e lugar de fala de pessoas que vivem com HIV, nomeadamente as mulheres. 

IMUNE 

É neste sentido que lançou ontem, 01, o projeto IMUNE que aposta numa união de forças entre a arte, saúde e educação. Nele, o vírus é explorado como motor de transformação social  e pretende sensibilizar para o tema do HIV. 

Assim, em cada localidade por onde o projeto passa são desenvolvidos workshops, palestras, intervenções urbanas, e apresentação do espetáculo UNA. 

Cabo Verde vai, também, beneficiar do projeto estando a mentora actualmente no país a conversar e estabelecer contatos com as organizações locais, na busca de parcerias para trazer o projeto ao país. 

Entretanto, o projeto pode ser apoiado através de uma campanha de mecenato público, e contribuir para ultrapassar o estigma do HIV através da arte e melhorar a compreensão do mundo sobre o vírus. 

A campanha pode ser apoiada aqui:  https://gofund.me/0d67095d 

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