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Diáspora

Cabo-verdianas entre as vítimas de Mutilação Genital Feminina no Hospital Amadora-Sintra

Este domingo, 6 de fevereiro, celebra-se o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. O grupo de vigilância desta prática no Hospital Amadora-Sintra, em Lisboa, Portugal, dá conta de 217 vitimas, entre 2015 e 2021, entre elas mulheres da Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Nigéria, Senegal, Gâmbia e Cabo Verde.

Em uma reportagem do Diário de Notícias (DN) , a enfermeira Débora Almeida, que faz parte do grupo de vigilância de mutilação genital feminina do Hospital Amadora-Sintra, informou que, só em 2022, ja foram identificadas cinco vítimas naquele estabelecimento de saúde.

Desde a sua criação em 2015, até o ano de 2021, este grupo identificou no Hospital Amadora-Sintra, 217 mulheres vítimas de mutilação genital feminina, sendo que nenhuma das práticas terá sido efetuada em Portugal.

“Temos mulheres da Guiné-Bissau, da Guiné-Conacri, da Nigéria, do Senegal, da Gâmbia e de Cabo Verde”, listou Débora Almeida.

Segundo a mesma, a média de idades é 29 anos e a maioria das mulheres não se lembra quando é que foi feita esta mutilação.

“Nós supomos que foi numa altura mais de infância”, acrescentou realcando ainda que muitas vezes acontecem no país de origem quando as crianças vão de férias, em rituais preparadas, muitas vezes, sem o conhecimento dos pais.

Depois de identificadas no hospital, o que muitas vezes acontece em situações de parto, estas mulheres são referenciadas para a Direção-Geral de Saúde.

Acompanhamento

Os dados são reencaminhados igualmente para o ACES de referência, o que no caso, será ou o Agrupamento de Centros de Saúde da Amadora ou o Agrupamento de Centros de Saúde de Sintra, para que seja feito um acompanhamento posterior.

Em Portugal, considera-se a Mutilação Genital Feminina  um crime autónomo desde 2015, punido com pena de prisão de dois a 10 anos.

O grupo de vigilância de mutilação genital feminina do Hospital Amadora-Sintra, criado em 2015, é constituído actualmente por três enfermeiras especialistas em saúde materna e obstetrícia e uma médica obstetra, oriunda da Guiné-Bissau.

C/DN

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