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Diáspora

Gabriel Barros: Não foi eleito, mas a sua performance surpreende

Gabriel Barros, o jovem que quer ser secretário-geral das Nações Unidas e que fundou o partido Jovem de Roterdão, “Jong”, não foi eleito, mas mostra-se, mesmo assim, orgulhoso, e garante que essa foi uma “grande experiência”.

“Adorei falar com os jovens sobre assuntos que são importantes para eles e também gostei de debater com outros políticos assuntos importantes”, mas confessa que foi muito “cansativo”, pois passou os últimos três meses a dedicar o seu tempo livre só ao partido e às eleições e, depois, não conseguiu votos suficientes. O seu partido conseguiu 2250 votos e ele, pessoalmente, obteve a confiança de 1024 eleitores, nada mau para quem está a começar.

“Os 38,94% (número preciso de eleitores que foram às urnas em Roterdão) foram um problema para nós. Os jovens não foram votar e eles eram os nossos eleitores chave”.

A política, diz, está-lhe “no sangue” e, por isso, o partido de “Jong Rotterdam” estará focado “em crescer e construir uma comunidade”. “Também queremos ativar os jovens para votar daqui a quatro anos, e queremos fazer isso envolvendo-os activamente na política local. Queremos também funcionar como uma ponte entre a Câmara Municipal e os jovens”, perspectiva.

Preservar cultura cabo-verdiana

O futuro está, por isso, repleto de projectos. “Em primeiro lugar, quero terminar meus estudos e começar com um mestrado, gostaria de fazer um mestrado internacional. Também gostaria de me tornar o representante da juventude holandesa para os direitos humanos nas Nações Unidas”, diz Gabriel Barros.

Paralelamente, para os jovens cabo-verdianos em Roterdão, tem a missão de trabalhar para os unir “e construir uma forte comunidade cabo-verdiana futura em Roterdão”.

“É muito importante para o futuro que continuemos a criar os nossos filhos na cultura cabo-verdiana e que possamos celebrar a nossa herança cabo-verdiana em Roterdão. É importante que uma comunidade tão grande esteja representada no conselho da cidade de Roterdão. Durante anos tivemos Carlos Gonçalves a representar a voz dos cabo-verdianos na Câmara Municipal de Roterdão. E, nesta eleição, nenhum cabo-verdiano foi eleito, pelo que nos próximos quatro anos não estaremos representados na câmara municipal”, lamenta.

Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 760, de 24 de Março de 2022

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