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Economia

Pandemia, guerra e preços

A escalada de preços tem os cabo-verdianos preocupados. No salve-se quem puder que se instalou há quem entenda que o aumento em flecha de vários produtos de primeira necessidade ultrapassa a guerra Ucrânia-Rússia, bem como a covid-19 e os quatro anos de seca consecutiva.

Nas redes sociais, há quem acuse os importadores e revendedores de estarem a aproveitar-se da situação, com produtos antes adquiridos, para especular e aumentar as suas margens de lucros. Os visados, por seu turno, justificam que o aumento é generalizado, e que também eles lutam para sobreviver.

Dizendo-se de mãos atadas, o responsável da IGAE admitiu a existência de gente que se está a aproveitar da guerra na Ucrânia para resolver os seus problemas, mas que, neste caso, aquela entidade não tem meios legais para agir. Segundo Paulo Monteiro, diante da situação, “cabe aos consumidores comprarem ou não” os produtos sob especulação.

Roubo de alimentos em Santo Antão

Consequência ou não da crise, o Centro Infantil de Ponta do Sol, Santo Antão, foi invadido, recentemente, por pessoas que roubaram todos os alimentos da cozinha.

A gestora do espaço, Joana Cassilda, revelou que os intrusos levaram todos os alimentos que estavam na cozinha, além das torneiras, toalheiras e autoclismos das casas de banho. Os assaltantes terão, segundo a mesma fonte, arrombado uma janela e revirado os objectos das salas, mesas, cadeiras, armários e gavetas.

Contudo, este não foi o primeiro roubo de alimentos no referido centro, onde funciona um jardim infantil e uma creche. Já antes, três menores foram, também, encontrados a roubar dois sacos de comida. Estes são sinais de que a situação começa a atingir níveis de alguma preocupação, quando aparecem menores a roubar comida.

Louisiene Lima

Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 760, de 24 de Março de 2022

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