As eleições internas para as Assembleias Políticas Concelhias (APC) e Comunidades Emigradas do MpD realizadas domingo passado, no país e na diáspora, ficaram marcadas pelo desvio de uma urna em Santa Catarina de Santiago, contrariando o cenário das mesas de voto “realizadas sem sobressaltos”.
A análise é do presidente do Gabinete do Apoio ao Processo Eleitoral, Silvano Barros, que, em conferência de imprensa realizada esta tarde na sede do Movimento para Democracia (MpD), na Praia, garantiu que as eleições foram muito concorridas, demonstrando “o estado do partido defensor do contraditório”.
Em relação a Santa Catarina de Santiago, explicou que o processo, em algumas mesas, vai ser analisado e, possivelmente, enviado ao Conselho de Jurisdição, alegando que “houve ruídos que em nada contribuíram para o normal funcionamento”, com o agravante de uma urna ter desaparecido numa assembleia de voto, enquanto noutra houve presença de estranhos na sala de votação.
Repetição em cima da mesa
Neste caso, Silvano Barros admitiu a possibilidade das eleições serem repetidas, no último caso, dentro de oito dias nestas assembleias de votos, “tudo na base da cultura democrática”.
Constituídas por 212 mesas a nível nacional e 32 na diáspora/comunidades emigradas, a Região Política da Praia foi a única que ficou fora desta eleição de domingo para a APC, donde vai sair a Comissão Política, já que tinha sido realizada em 2020.
São Vicente com 3 candidaturas
A maioria das regiões políticas, garantiu, foi composta por uma única candidatura, mas houve regiões políticas como Santa Catarina, Santa Cruz, São Miguel, com duas, com a particularidade de São Vicente ser a única em que concorreram três listas.
“Tudo decorreu como esperávamos. É normal que numa ou noutra região política possa ter havido alguma crispação, mas é normal, desde que tudo seja resolvido na maior normalidade, para mostrar que a democracia, na verdade, vale na igualdade pluralismo, justeza e democraticidade. Tudo isto foi posto em prova”, realçou.
A partir deste escrutínio, o primeiro da lista vai assumir a presidência da Comissão Política Concelhia, sendo que os restantes membros serão escolhidos internamente.
Confira os novos coordenadores:
Porto Novo: Carlita Delgada dos Santos
Paul: Adilson Silva Fernandes
São Vicente: Armindo Manuel Gomes
Ribeira Brava: Alírio Gomes Cabral
Tarrafal (São Nicolau): Neivo Araújo
Sal: Ailton Rodrigues
Maio: Adilson Cardoso
São Filipe: Filipe Santos
Santa Catarina (Fogo): Michel Andrade
São Miguel: Natalino Tavares
Santa Cruz: David Gomes
São Salvador do Mundo: Gil Vaz
São Lourenço dos Órgãos: Júlio César Tavares
São Domingos: Hipólito Gonçalves
Ribeira Grande: Alcides de Pina
Portugal: Emanuel Barbosa
Holanda: Arlindo Correia
Espanha: Elísio Pinto
Itália: Jaime da Cruz
EUA: João Augusto Baptista
Angola: Ana Isabel Correia
Senegal: Jeanne Marie Sec
São Tomé e Príncipe: Georgina Baessa da Veiga.
C/Inforpress
