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Brava

Jovem despejado pela Polícia: Autoridades alegam riscos sociais por venda de droga 

O jovem Elicleyton Ramos está revoltado com a forma como a Polícia Nacional o despejou de uma casa, a antiga esquadra policial da Brava, que ocupou sem autorização. A polícia, por sua vez, aponta que o espaço foi desocupado, tendo em conta os riscos sociais por ter se tornado num ponto de venda e consumo de drogas. O jovem diz agora ter um trabalho honesto e quer uma oportunidade. 

Elicleyton Ramos o jovem desalojado, contou à Inforpress que passou a morar com a mãe no edifício pertencente à Administração Interna, após um antigo comandante da esquadra policial da Brava ter cedido o espaço à mãe, que sofre de problemas e saúde e não tinha onde morar.

Segundo a polícia nacional, a mulher foi, posteriormente, morar com a irmã e o filho ficou na moradia, sem autorização. Apesar das notificações para abandonar o espaço, nunca saiu. 

Várias denúncias 

Conforme nota da direção nacional da Polícia Nacional, chegada à nossa redacção, várias  denúncias foram feitas de que a casa em questão estava a ser usada como ponto de venda e consumo de drogas, o que resultou na prisão, em flagrante, e condenação de Elicleyton Ramos, que aguarda, atualmente, resultado do recurso interposto no Supremo Tribunal.

A moradia onde Elicleyton ocupava foi, então, desocupada pela polícia que alegou riscos sociais.

Oportunidade para integração

À inforpress , confirmou que foi apanhado a vender drogas neste mesmo espaço, e, por isso, foi preso, julgado e condenado, mas que neste momento se encontra a trabalhar “honestamente” numa empresa de construção civil para arcar com as despesas da mãe e de um irmão  recém-nascido.

Contudo, como diz, “as barreiras impostas pela sociedade dificultam cada passo”, da sua integração.

“Agora estou a trabalhar e tento melhorar a minha situação, mas como já fui pego e um crime pelo qual já fui julgado não tenho espaço na sociedade para melhorar a vida e sair do mundo do crime”, disse a mesma fonte.

O jovem questiona o porquê desta atitude, sabendo que os pertences são da mãe e esta não possui onde colocá-los.

A Inforpress contactou os serviços da Câmara Municipal e um vereador, que confirmou que o edifício realmente pertence ao Ministério da Administração Interna e que, relativamente a este caso, remeteu para a responsável do pelouro dos Assuntos Sociais e Saúde, para ver o que podem fazer para apoiar nesta situação.

O caso

Em Comunicado do Comando Regional do Fogo, as autoridades reiteram que o espaço foi disponibilizado à mãe do jovem em 2015, uma vez que ela “padece de graves problemas de saúde e não possui condições para arranjar outro lugar para residir”, mas que desde Janeiro de 2022 esta foi morar com a irmã, tendo o filho ficado no espaço.

Mesmo com diversas notificações para entregar o espaço, o comunicado realça que este não o fez e, além disso, têm sido feitas várias denúncias de que o espaço tem sido utilizado como ponto de venda e consumo de drogas.

“A PN, em articulação com o Ministério Público, sentiu-se obrigada a convidar o jovem para abandonar o imóvel que pertence à PN, ao qual oportunamente será submetido a obras e dado um novo uso”, finalizou o comunicado.

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