Os modelos cabo-verdianos têm enfrentado problemas para a aquisição de vistos para trabalhos internacionais. Muitos, como explica Kévin Daniel, da Agência Kedadus models, já perderam a oportunidade em trabalhar para grandes marcas famosas. Atualmente, a modelo Alexandra Soares passa por este problema com a embaixada de Espanha.
Com trabalhos previstos para marcas como a Desigual, Mango, Privalia e campanhas publicitárias para as revistas Elle, Cosmopolitan, Vouge e Glamour, a modelo Alexandra Soares é uma das que não consegue visto para trabalhos internacionais.
Confirmada para três meses repletos de trabalhos no exterior, em Espanha, principalmente, a modelo se depara com o problema de visto.
Já perdeu os trabalhos previstos para o mês de Agosto e alguns do mês de Setembro, por não conseguir visto e pode perder os restantes, assim como aconteceu no mês de Julho em que ficou impedida de abrir o desfile da conceituada marca Dolce & Gabana, em Itália, também devido à falta de visto.
“Ora, temos estado a pedir vistos de trabalho para apenas três meses porque não há necessidade de fixar residência num país só. Pedimos visto para que os modelos realizem os trabalhos que os nossos clientes internacionais solicitam. Tanto o Centro Comum de Vistos assim como e a Embaixada de Espanha, no caso da modelo em causa, não emitem vistos por não haverem vagas”, conta Kévin ao A Nação.
Problema frequente
O problema é frequente, segundo Kévin Daniel e tem sido um dos maiores constrangimentos da agência de modelo que, como diz, muitas vezes não consegue enviar modelos para os clientes que são essencialmente internacionais.
O também estilista diz já ter exposto o problema ao Ministério da Cultura, ao gabinete do Primeiro-ministro, mas nada resolveram, por isso pede que os responsáveis pela emissão de vistos respeitem o trabalho e sonhos das pessoas.
Kévin Daniel diz que caso o problema persistir não vê outra solução a não ser fechar as portas da sua agência de modelos.
