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Ambiente

Sal: Cães farejadores ajudam a detetar carne de tartarugas

A Associação Projeto Biodiversidade, em parceria com a Fundação Tartaruga, a Biosfera I e a Universidade Queen Mary, de Londres, está a recorrer a cães detetores/farejadores, com o objetivo de identificar carne de tartaurga proveniente da caça ilegal, na ilha do Sal. 

A utilização de cães detetores/farejadores vem assim reforçar a vigilância através de equipas de patrulha e de drones. 

Conforme informações avançadas pelo Projecto Biodiversidade, estas missões de detecção, lideradas pela Polícia Nacional, contam também com a participação das Forças Armadas e são realizadas em zonas susceptíveis de infrações, como no aeroporto Amílcar Cabral, no porto da Palmeira, nos bairros, especialmente em bares e restaurantes, nos arrastadores de botes e na orla marítima, em geral. 

Os cães foram treinados por um especialista de origem alemã, que também está presente nas missões em curso na ilha do Sal. Inclusive, graças a estas operações, garantem que algumas pessoas já foram presas em flagrante. 

Esta ação enquadra-se no projeto “Melhoria do conhecimento e da capacidade para combater o comércio ilegal de tartarugas marinhas”, que conta com o apoio financeiro de um fundo de combate ao comércio ilegal das espécies selvagens, com sede no Reino Unido, intitulado – The Illegal Wildlife Trade Challenge Fund (IWTCF).

Estudo em curso 

Esta ação enquadra-se no projeto “Melhoria do conhecimento e da capacidade para combater o comércio ilegal de tartarugas marinhas”, que conta com o apoio financeiro de um fundo de combate ao comércio ilegal das espécies selvagens, com sede no Reino Unido – The Illegal Wildlife Trade Challenge Fund (IWTCF).


No âmbito deste mesmo projeto está também em curso um estudo socioeconómico sobre a cadeia de comércio dos produtos provenientes da caça ilegal das tartarugas marinhas em Cabo Verde.

O objectivo é traçar o perfil dos agentes dessa cadeia, como caçadores, comerciantes e consumidores, o que permitirá elaborar estratégias “pedagógicas, económicas e repressivas mais consistentes”.

 

Na Boa Vista, a Fundação Tartaruga também já havia recorrido a cães farejadores para ajudarem no combate à caça ilegal de tartarugas marinhas.

Registado já um número “significativo” de tartarugas mortas

De notar que, segundo a mesma fonte, a aplicabilidade e eficácia do Decreto Legislativo nº 1/2018, que estabelece o regime jurídico especial de proteção e conservação das tartarugas marinhas em Cabo Verde será objeto de um estudo, conduzido por um especialista em ciências jurídicas, de modo a apoiar as ações de combate às infrações estabelecidas nesse mesmo normativo.

Recorde-se que a caça furtiva continua a ser a principal ameaça para para as tartarugas marinhas em Cabo Verde, sendo que, segundo o Projecto Biodiversidade, nesta temporada já foi registado um “número significativo” de tartarugas mortas.

A época da desova decorre em todo o país, habitualmente, até Novembro, assumindo-se como um atrativo turístico muito rentável especialmente na ilha do Sal e Boa Vista.

Cabo Verde é actualmente o terceiro lugar do mundo com maior população das tartarugas da espécie “Caretta caretta”,  sendo ultrapassado pelas populações na Florida (Estados Unidos da América) e em Omã (Golfo Pérsico).

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