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Educação

Dia Mundial do Professor: Sindprof pede a professores para saírem às ruas no dia 14 para “mostrar a força da classe”

A presidente do Sindicato Democrático dos Professores (Sindprof) pediu numa mensagem alusiva ao Dia Internacional do Professor, que se celebra hoje, 5 de Outubro, que todos os docentes saiam às ruas no dia 14 para “mostrar a força da classe”.

Lígia Herbert, na sua mensagem, afirmou que o Sindprof não poderia deixar passar em branco uma “data memorável” como está, sem enaltecer o papel do professor na mudança social e na formação dos quadros cabo-verdianos “que têm transformado o país”.

“O maior diamante neste arquipélago são os recursos humanos e os seus dilapidadores não são nada mais do que aqueles que de sol em sol, com a enxada educativa, têm tentado cultivar os maiores e melhores produtos nacionais”, referiu.

A mesma fonte acrescentou que num período de viragem social o professor “tem um papel preponderante” e é chamado na consciencialização da necessidade de se almejar mais, uma vez que o mundo exige um “esforço titânico” de todos os profissionais da educação, e que é nessa hora de chamada que “todos deverão marcar presença para a maior viragem que o país irá vivenciar”.

Marco histórico

“Assim, caros colegas, o marco histórico é já no dia 14 do corrente mês e todos os professores devem sair à rua para mostrar a força desta classe tão nobre que tem sofrido enormes injustiças sem mostrar o seu poderio”, apelou.

“Pare de reclamar da sua escuridão profissional, levante e acenda uma lâmpada, acenda uma vela, um candeeiro, um podogó, mas vá sem medo em busca da tua dignidade. Só assim terás o respeito social”, complementou.

O Sindprof, escreveu Lígia Herbert, está a contar com todos nesse “acto que fará unir” uma classe possuidora de uma “enorme força e mananciais de sonhos”.

“Sejamos professores, sejamos dignidade e, acima de tudo, sejamos transformadores sociais”, concluiu.

Classe docente sente-se desmotivada e desvalorizada

O Sindprof já havia anunciado no domingo, 01, que está a ultimar os preparativos para uma greve/manifestação dos professores.

É uma decisão tomada após o sindicato ter estado no terreno a ouvir os docentes, segundo os quais os seus direitos estão sonegados, e entender não haver outra solução senão partir para greves e manifestações.

“Os direitos dos professores estão sonegados, portanto, não temos outra solução senão partirmos para greves/manifestações, reivindicando os direitos da classe docente, bem como uma actualização da tabela salarial”, precisou.

“É que não se pode ter uma classe docente desmotivada e desvalorizada, enquanto vamos dando salários chorudos e absurdos a outros dirigentes, como se a responsabilidade destes fossem maiores do que a do professor” realçou a presidente do Sindprof, que diz estar a ultimar os preparativos para a saída à rua dos professores, “muito brevemente”.

Resolução das pendências dependente das finanças públicas

Por altura do início do ano lectivo 2023/24, o ministro da Educação, Amadeu Cruz, se reuniu com todos os sindicatos dos professores, incluindo o Sindprof.

Na ocasião, para além dos preparativos e questões ligadas à gestão de recursos humanos para o arranque do ano lectivo, o governante disse ter abordado questões relacionadas com a gestão da carreira de professor.

Dentre esses, a resolução de pendências referentes a reclassificações, atribuição de subsídios pela não redução de carga horária, transição e promoção, aposentadoria e revisão do estatuto da Carreira do Pessoal Docente.

O mesmo reafirmou ainda o compromisso do Governo em resolver as pendências com os sindicatos e com a classe, “em função das disponibilidades das finanças públicas”.

C/ Inforpress

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