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Turismo

“Urge” mudança de política fiscal – Victor Fidalgo

Victor Fidalgo, consultor do Resort Group PLC, defende que a actual política fiscal do país não favorece a atracção e o crescimento do investimento externo no país.
“Temos uma grande ameaça à continuação de grandes investimentos, que é a tentação, cada vez mais forte, ao nível da política fiscal do Governo, que é aquilo a que chamo de canibalização da economia. Ou seja, focaliza-se nas empresas ou no sector que está a funcionar bem para tentar tirar o máximo de recursos. Ora, ao fazer isso está a castrar o potencial de crescimento e qualquer dia matamos a galinha dos ovos de ouro”, alerta.
E prossegue justificando o seu ponto de vista, ao afirmar que “a administração fiscal está cada vez mais centralizada na tributação do processo do investimento” e “em vez de aguardar para colher os frutos da actividade económica, carrega de taxas quem quer investir, e isso é extremamente anti-económico”.
Victor Fidalgo é da opinião de que se deve “regressar” à política fiscal anterior porque o “novo código fiscal de investimentos trouxe mais confusão” e o “novo código de benefícios fiscais está mal feito”. “Portanto, voltaria à lei antiga e faria pequenos retoques no sentido de reorientar as coisas em função de aplicação do sector de investimento e não no sentido do empreendimento na origem”.
O nosso entrevistado adverte também que a ilha do Sal carece ainda de muitas infraestruturas fundamentais ao turismo, sobretudo o “funcionamento da ETAR” e a “ligação domiciliária de todas as casas de Santa Maria à ETAR”. Isto porque “não podemos ter uma cidade com pretensão de ser cidade turística, situada um pouco acima do nível do mar, com fossa céptica”. Outro problema é a ausência de gestão de resíduos sólidos. “Há uma empresa no Sal, a “Sal Limpa” que tem o monopólio de recolha e gestão dos dejectos sólidos. Gestão essa que nunca fez e, actualmente, não consegue fazer muito bem a recolha”. Ministério do Ambiente, o do Turismo e da Saúde devem concertar esforços “para arranjar uma solução urgente” porque não podemos ter “turistas no meio do lixo”. Um problema que afecta o destino turístico Cabo Verde.

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