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Turismo

Cabo Verde deve continuar na “moda” em 2018

Mesmo sendo conhecido como um destino de massas, Cabo Verde goza de uma projecção internacional que lhe tem valido a fama de um dos melhores destinos mundiais para se viajar. Ao longo dos últimos anos, vários sites de especialidade têm destacado as ilhas crioulas e, quer em 2016, quer em 2017, o arquipélago chegou a vigorar no ranking dos 10 melhores destinos turísticos da Ethical Traveler, entre outros tops.
Agora foi a vez da CNN Travel colocar Cabo Verde entre os 18 destinos turísticos que vale a pena visitar em 2018. Esta escolha que contribuirá, certamente, para o país atrair mais turistas, nomeadamente americanos, tão ausentes, e aumentar a sua visibilidade ao nível dos destinos turísticos de sol e mar e elevar, assim, a fasquia dos turistas perspectivados para 2018.
Dados do Governo apontavam, entretanto, para 800 mil turistas até final de 2017, mas os números do Instituto Nacional de Estatística (INE) atestam que até ao terceiro trimestre de 2017 os estabelecimentos hoteleiros tinham registado 512 mil e 297 hóspedes, e mais de 3,3 milhões de dormidas.
Resta agora esperar por números oficiais para saber quantos turistas o país recebeu efectivamente em 2017, tendo em vista o início da chamada época alta de Inverno (que começa em Outubro) e o boom de procura registado no fim do ano. Contudo, mesmo que não se chegue aos 800 mil, o número deverá ultrapassar os  640 mil turistas recebidos em 2016.
Além do “sol e mar”, que tem consolidado a marca de Cabo Verde no mercado europeu, tendo os ingleses como principais clientes, o Turismo de Montanha e Natureza tem registado um crescimento significativo em ilhas como Santo Antão e Fogo. Para Santo Antão, perspectiva-se que na época alta 2017/2018 o número de turistas venha a triplicar comparativamente aos 21 mil registados no ano turístico anterior. Porém, a eficiência no transporte inter-ilhas, quer aéreos, quer marítimos, as infraestruturas e a qualidade da oferta turística, continuam a ser os grandes desafios apontados pelos operadores para que Cabo Verde possa constituir-se como um destino turístico competitivo.
Conforme fontes do A NAÇÃO ligadas ao sector turístico e investimento externo, a isso acresce a necessidade de uma maior aposta em “políticas atractivas” ao investimento e uma maior “eficiência” de instituições como a SDTIBM – Sociedade de Desenvolvimento Turístico das Ilhas da Boa Vista e Maio e da própria Cabo Verde Trade Invest.
Cruzeiros com boas perspectivas
Além do Turismo de “sol e mar” e de natureza e montanha, o turismo de cruzeiros, é outro segmento que deve crescer em 2018. A nível mundial, o tráfego de cruzeiros tem crescido exponencialmente, incluindo na zona do corredor do Atlântico, onde Cabo Verde está inserido e que por isso tem beneficiado da procura de navios cruzeiros.
Entre nós, a época dos navios cruzeiros arranca em Outubro e prolonga-se até Abril/Maio e até agora o Porto da Praia, em Santiago, e o Porto do Mindelo, em São Vicente, têm sido os principais destinos, mas há também o Porto do Vale de Cavaleiros, no Fogo, e o Porto de Porto Novo, em Santo Antão, que têm recebido alguns navios, ainda que em muito menor escala.
Conforme dados do site “Cruise Timetables”, em 2017 o porto do Mindelo recebeu nove navios, mas para 2018 estão previstos 31, e há já projecção de 22 para 2019. Já a Praia, acolheu 12 navios cruzeiro em 2017 e deverá receber 23 em 2018. Para 2019, o mesmo site aponta já 16 cruzeiros que deverão fazer escala no Porto da Praia.
Tráfego aéreo internacional
O  tráfego de aeronaves também deve crescer em 2018, fortemente alavancado no turismo com indícios de novas companhias low cost a apostarem em Cabo Verde e outras a reforçarem suas apostas no mercado devido à procura. É o caso da Brussels Airlines, que, com a integração das actividades da Thomas Cook Airlines Belgium com a  Brussels Airlines, passou a integrar Cabo Verde na sua rede de voos para os destinos de sol de inverno.
Embora ainda não haja dados disponíveis, a Thomson Fly, líder do mercado no transporte de turistas para Cabo Verde, deve continuar a registar uma excelente performance em 2018, e superar em 2017 o aumento de 39,1% que registou em 2016 relativamente ao número de passageiros movimentados. Também o aeroporto internacional Amílcar Cabral (AIAC), no Sal, deve continuar a ser a maior porta de entrada de turistas no país, situação que deve ser reforçada com a entrada do Hub aéreo da TACV.
Gisela Coelho

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