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“Vitalina Varela”, um dos melhores filmes de 2020 para o Los Angeles Times

Uma das nossas propostas de filmes para esta semana é “Vitalina Varela”, que foi escolhido pelo jornal Los Angeles Times como o primeiro de uma lista dos dez melhores filmes de 2020. Dessa lista também escolhemos o filme “Time” que aparece em segundo lugar. Na terceira posição dessa lista do Los Angeles Times está o filme “Nomadland” que, curiosamente, foi uma das nossas sugestões da semana passada.

 FILMES

Vitalina Varela distinguida como Melhor Actriz e Pedro Costa como Melhor Filme

Vitalina Varela, de Pedro Costa

Vitalina Varela é um drama português realizado e escrito por Pedro Costa. O filme, com produção da OPTEC Filmes, conta a história de uma mulher cabo-verdiana que viveu grande parte da vida à espera de ir ter com o marido, Joaquim, emigrado em Portugal. Sabendo que ele morreu, Vitalina Varela apenas conseguiu chegar a Portugal três dias depois do funeral do marido. Esse filme estreou-se no Festival Internacional de Cinema de Locarno a 14 de Agosto de 2019. Em Portugal estreou a 31 de Outubro de 2019.[2]

Desde a estreia, o filme recebeu vários elogios da crítica a nível mundial, nomeadamente do Hollywood Reporter, que o descreve como “um épico intimista” e “trágico”, considerando que esta nova longa-metragem irá colocar Pedro Costa “num novo patamar de ambiente, forma e narrativa” cinematográfica.

Por seu lado, o portal de opinião sobre a indústria cinematográfica, Indie Wire, definiu “Vitalina Varela” como mais uma “visão arrebatadora e magistral de Pedro Costa”.

Na mesma linha, o site ‘online’ LesInrocks, da revista francesa Les Inrockuptibles, descreve a obra do realizador português como um projecto “entre o documentário e o retrato íntimo”, num ambiente que “intriga pela aridez e beleza plástica”.

“Vitalina Varela” foi um dos filmes portugueses mais premiados de 2019, tendo recebido o grande prémio Leopardo de Ouro para melhor filme e do Leopardo de Prata para Melhor Atriz na 72.ª edição do Festival de Cinema de Locarno (Suíça), e chegou a ser o candidato português, escolhido pelos membros da Academia Portuguesa de Cinema, para os Óscares 2021.

O filme de Pedro Costa tem sido incluído em várias listas de melhores filmes de 2020, tendo ficado em primeiro lugar na lista do  jornal Los Angeles Times e em 18.º na lista dos 50 melhores filmes de 2020 para a IndieWire.

 

 

Garrett Bradley, realizadora do filme “Time”

Time, de Garrett Bradley

 “Time”, de Garrett Bradley, que está nomeado para o Óscar de Melhor Documentário, é o retrato da vida de Sibil Fox Richardson, uma mulher empenhada em sensibilizar as instituições da justiça no sentido de libertarem o marido, Rob, preso na penitenciária do estado de Louisiana, Estados Unidos. Sibil e Rob, com seis filhos, foram julgados pelo assalto a um banco – ela cumpriu uma pena de três anos e meio, ele foi condenado a 60 anos de prisão.

O filme destaca o contexto económico, social e político em que ocorre o assalto que se saldou no roubo de cinco mil dólares. Um assalto que Fox Richardson Sibil faz questão de recordar que foi feito num momento de absoluto desespero familiar, agravado pelo falhanço de um negócio em que tinham investido as suas economias.

O filme também põe a nu os sinais de indiferença de alguns responsáveis do sistema judicial e, sobretudo, o tratamento desigual a que, em muitas situações deste género, são votados reclusos e agregados familiares afro-americanos (como é o caso).

Em Janeiro de 2020, “Time” arrebatou o prémio de realização na secção de documentários do Festival de Sundance, tendo sido a primeira vez que tal distinção foi atribuída a uma mulher afro-americana.

Recorde-se que, na trajetória da realizadora Garrett Bradley, “Time” surge como um prolongamento de títulos anteriores como Alone (2017) e America (2019), também apostados em refletir as convulsões da identidade afro-americana no passado e presente da história dos EUA.

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